A partir desta sexta-feira (6), a população de João Pessoa já pode descartar produtos eletrônicos e eletrodomésticos sem uso, como computadores, televisores e aparelhos de telefone celular, na Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos, em Mangabeira. O prédio foi inaugurado nesta manhã, com presença do prefeito Cícero Lucena e do secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França.
O prefeito lembrou que, em 2010, foi relator do projeto da Política Nacional de Resíduos Sólidos, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado. “Naquela oportunidade, incluímos no projeto a questão da logística reversa e suas responsabilidades. Este é um dos itens e inclui que a indústria do setor tenha a responsabilidade de remunerar a coleta e recebimento destes produtos. A iniciativa privada e o poder público podem juntos fazer ambiente mais saudável”, afirmou.
André França destacou a parceria com a Prefeitura de João Pessoa em diversos projetos. “A partir de agora, João Pessoa está integrada ao projeto nacional de logística reversa, política que por meio de decreto se tornou obrigatória também para os eletroeletrônicos. Parabéns a todos os que se mobilizaram para tornar isso possível”, destacou o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Com a inauguração da Central, a cidade de João Pessoa passa a integrar o Programa Nacional de Logística Reversa, que conta com parceria da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree) e da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma).
O secretário municipal do Meio Ambiente e membro da Anamma, Welinson Silveira, destacou que a inauguração é resultado de um trabalho conjunto. “O meio ambiente agradece, pois essa é uma iniciativa que impede que material nocivo contamine o meio ambiente, gera empregos verdes e que atua com grande impacto na economia circular. A consciência ambiental está impregnada na gestão e deve fazer parte do pensamento de cada colaborador”, observou.
A Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos será gerida pela Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). Conforme o superintendente, Ricardo Veloso, a cidade de João Pessoa se adequa à execução da política nacional de logística reversa de produtos eletrônicos. A política é baseada no Decreto nº 10.240/2020, que regulamenta a Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).
“Conforme o decreto, é obrigação dos fabricantes e revendedores receberem os produtos sem serventia e dar destinação ambientalmente adequada. É assim que funciona a sistemática da logística reversa. Não é uma responsabilidade do serviço público. Contudo, a Prefeitura de João Pessoa, por meio da Emlur, está fazendo sua parte na preservação do meio ambiente”, explica Ricardo Veloso.
A representante da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree), Marta Regina, falou sobre o interesse mútuo da gestão e da Abree para trabalhar juntos em prol da política de logística reversa. “Essa parceria é muito importante, mas devemos lembrar que tudo começa com a participação do cidadão e pedimos que descartem nos pontos corretos os equipamentos não mais usados”, ressaltou.
Funcionamento – A Central de Logística Reversa de Eletroeletrônicos funciona na Avenida Hilton Souto Maior, 4619-A, em Mangabeira. O funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Com a inauguração, a população já pode entregar os produtos. O local também vai armazenar os eletrônicos recolhidos pelo projeto Cata-Treco e os provenientes da coleta seletiva.
O superintendente executivo da Emlur, Igo Morais, destaca que a Central é um ponto de armazenamento, não haverá triagem, nem desmonte de peças. “Os fabricantes poderão retirar os produtos diretamente no local. A partir daí, poderão reaproveitar peças na produção de novos equipamentos. Os fabricantes e revendedores também podem definir pontos de coleta dos produtos eletrônicos, conforme determina a legislação”, explicou.
O evento contou com a intervenção cultural da banda Baticumlata, formada por agentes de limpeza da Emlur.
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