Mais conhecida como varíola dos macacos, a Monkeypox é uma doença viral cuja transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais e lesões de pele. Para manter o controle do vírus e evitar a disseminação da doença, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa reforça as orientações à população da Capital sobre a prevenção e onde procurar atendimento em caso de suspeita de contágio.
De acordo com as autoridades sanitárias, a Monkeypox tem como os sintomas mais comuns: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios, exaustão e surgimento de erupção cutânea (única ou múltipla) em qualquer parte do corpo e edema peniano. Em caso de estar com alguns desses sintomas ou tiver contato com casos confirmados da doença, o cidadão deve procurar atendimento médico, primeiramente, nas unidades de pronto atendimento (UPA) Oceania, Bancários, Valentina e Cruz das Armas.
Ao chegar a uma UPA, o paciente será identificado na triagem e encaminhado imediatamente a um setor de isolamento, de forma a evitar maiores chances de contato com os demais pacientes. “O protocolo consiste em uma análise epidemiológica da provável etiologia da doença atual, buscando sanar os diagnósticos diferenciais como varicela, sarampo, herpes, entre outras patologias que podem apresentar lesões semelhantes às da Monkeypox”, explicou Matheus Agra, médico e coordenador geral das UPAs da Rede Municipal de Saúde.
Ele ressalta que, caso a suspeita da Monkeypox persista, a unidade entra em contato com a Vigilância Epidemiológica para que uma amostra da lesão seja coletada e enviada para realização do teste molecular (q-PCR). “Caso não tenha critérios de internação hospitalar, o paciente receberá alta da unidade, com orientações de como deverá proceder e com as medicações que deverá tomar e será monitorado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS)”, destacou.
Nos casos em que os pacientes necessitam de internação, as UPAs encaminham para as unidades hospitalares de referência, que são: Hospital Municipal do Valentina (HMV) para crianças; Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) para as gestantes; e Complexo Hospitalar Clementino Fraga, de administração estadual, para os outros públicos. Todas as internações são realizadas por meio de regulação.
Prevenção – Entre os principais cuidados a serem tomados para se prevenir contra o vírus estão: evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; higienizar as mãos com frequência e não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais. O uso de máscaras também contribui na contenção do vírus, pois é disseminado pelo trato respiratório.
Segundo orientações do coordenador das UPAs, as pessoas que moram na mesma residência de casos suspeitos, devem redobrar os cuidados. “Evitar contato com secreções, usar luvas descartáveis quando for descartar o lixo do paciente e higienizar as mãos com água e sabão, dando preferência ao papel toalha para secá-las. Sempre que possível, o caso suspeito ou confirmado deverá permanecer em uma área separada de outros membros da família ou a pelo menos um metro de distância e dormir em cama separada”, orientou.
Capacitações – A Secretaria de Saúde de João Pessoa tem realizado capacitações sobre a Monkeypox para atualizar os profissionais que atuam na Rede Municipal, com orientações às equipes da rede assistencial e vigilância quanto aos fluxos e condutas acerca de casos suspeitos ou confirmados da doença. A finalidade é preparar os profissionais para uma resposta rápida e, assim, evitar a disseminação do vírus.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde de João Pessoa, Raquel Moraes, o treinamento minimiza os riscos à saúde da população na identificação, coleta e manejo clínico corretos dos casos suspeitos. “Durante as últimas semanas, a nossa equipe esteve empenhada em prestar treinamentos para as equipes de assistência direta das UPAs e seus respectivos laboratórios para o atendimento de possíveis casos de Monkeypox. Além das UPAs, estivemos alinhando o fluxo no Hospital do Valentina, que é a referência para internação de possíveis casos de crianças no município”, afirmou.
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