A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu mais de 200 profissionais da vigilância epidemiológica das gerências de saúde, para uma qualificação de fichas de toxoplamose. As qualificações ocorreram nos dias 16, 17 e 21 de janeiro, com a abordagem na qualificação das notificações de Toxoplasmose. Durante a gestação, a doença pode causar abortamento ou nascimento de criança com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. Em alguns casos pode ser assintomática e transmitida durante a gestação, daí a importância do diagnóstico por meio de exames ainda no início do pré-natal.
A transmissão da toxoplasmose ocorre por via oral (ingestão de alimentos e água contaminados) ou congênita (transmitido de mãe para filho durante gestação), sendo raros os casos de transmissão por inalação de aerossóis contaminados, inoculação acidental, transfusão sanguínea e transplante de órgãos. O foco principal da reunião foi a qualificação de fichas de Toxoplasmose. Dentro da programação houve a conscientização dos profissionais sobre o diagnóstico precoce no pré-natal e o acompanhamento dos recém-nascidos acometidos pela doença.
De acordo com a técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Silmara Pereira, a qualificação das fichas de Toxoplasmose permitirá um melhor direcionamento de ações, tornando-as mais eficazes para trabalhar este agravo. “Trabalhar com toxoplasmose envolve a integração de diversos setores; deve-se trabalhar de forma integrada envolvendo desde a atenção básica até o alto risco. É necessário que os profissionais estejam mais sensíveis, que realizem a busca ativa dessas gestantes, com o devido acompanhamento no pré-natal para evitar a Toxoplasmose Congênita”, explicou.
Para a coordenadora da Vigilância em Saúde do município de Rio Tinto, Gisele Aversari, que esteve entre os participantes, esta qualificação dos profissionais do município é fundamental. “Quando trabalhamos doenças de notificação compulsória é essencial saber o que é a doença, como de fato se comprova o caso, se confirma ou descarta e até mesmo a forma como inserimos a doença no sistema, assim saberemos a forma correta para discutirmos ações, encaminhar o paciente para tratamento e encerrar os casos no sistema”, enfatizou.
É importante lembrar que a doença evolui sem sequelas em pessoas com boa imunidade, desta forma não se recomenda tratamento específico, apenas tratamento para combater os sintomas. Pacientes com imunidade comprometida ou que já tenham desenvolvido complicações da doença (cegueira, diminuição auditiva) são encaminhados para acompanhamento médico especializado. O tratamento e acompanhamento da doença estão disponíveis, de forma integral e gratuita, pelo Sistema Único de Saúde.
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