A Sociedade dos Usuários de Tecnologia da Paraíba (SUCESU-PB) firmou parceria com a Associação Beneficente São José, localizada no bairro de Mangabeira VIII (Cidade Verde), em João Pessoa; e com o Centro de Formação Educativo Comunitário (Cefec), em Santa Rita, para capacitar jovens que desejam ingressar no mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). As aulas já começaram e atendem cerca de 50 estudantes nas duas entidades.
“O ensino de programação para crianças e adolescentes tem crescido exponencialmente no Brasil e no mundo. É importante porque estimula a criatividade, autonomia, desenvolve o raciocínio lógico, a capacidade de resolução de problemas e o trabalho em equipe, habilidades muito valorizadas na atualidade. O aprendizado de uma linguagem de programação é tão importante, hoje em dia, quanto o aprendizado de um segundo idioma”, declarou Tarcísio Júnior, presidente da SUCESU-PB, entidade sem fins lucrativos e que reúne empresas de tecnologia da Paraíba.
De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a área de Tecnologia da Informação (TI) precisará de cerca de 420 mil profissionais até 2024 e o Brasil sofre com a falta de profissionais qualificados nesta área. Para os que estão no mercado de trabalho, a programação já oferece oportunidades. O Guia Salarial 2022 da Robert Half, estudo que apresenta as principais tendências de recrutamento, mostra que 63% dos CIOs (Chief Information Officers) acreditam que será mais desafiador encontrar profissionais qualificados na área de tecnologia nos próximos anos. Além disso, 32% dos CIOs citam desenvolvedores entre os três profissionais de tecnologia mais difíceis de encontrar. As habilidades técnicas mais demandadas pelas empresas de tecnologia e startups são: Java, .NET, PHP, Phyton, Angular, Vue.JS, Node.JS, Javascript, React, Kotlin, Flutter.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente cerca de 12,3 milhões de jovens, até 29 anos, não estudam e nem trabalham. Muitos destes jovens não têm ideia da existência dessa oportunidade e nem informação de como começar na área. Na Paraíba este cenário não é diferente.
Foi em virtude desta realidade que a SUCESU-PB iniciou o projeto “Jovem Programador”, que se encaixa no contexto apresentado e visa atender às demandas de um mercado crescente, que ainda necessita de mão-de-obra capacitada para fomentar o desenvolvimento do ecossistema de tecnologia no Estado. “O público-alvo do projeto é formado por jovens iniciantes, entre 14 e 24 anos, sem experiência na área de programação de computadores, provenientes de escolas públicas da Paraíba e em situação de vulnerabilidade social”, ressaltou Tarcísio Júnior.
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