Titular da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), Adalberto Araújo disse que a iniciativa da Associação Nacional de Transportes Público, de apresentar uma planilha tarifária com detalhes sobre o novo método de cálculo dos custos operacionais dos serviços de ônibus, proporciona um novo momento, uma vez que o transporte público, segundo ele, passa por grandes dificuldades no Brasil.
A apresentação da planilha pelo superintendente da ANTP, Luiz Carlos Néspoli de deu na última sexta-feira, no auditório do Hotel Hardman, em João Pessoa, durante o Curso “Como calcular tarifa de ônibus” promovido pela entidade.
Impacto social
“Essa discussão da tarifa vem para mudar um pouquinho e trazer à reflexão que não é mais possível apenas o usuário subsidiar esse serviço essencial que faz com que as pessoas se desloquem para suas atividades movimentando a economia. O impacto social é muito grande e esse custo da tarifa é pago pelo usuário. Precisamos melhorar o transporte público”, destacou Adalberto.
Para ele, a tarifa é muito cara, mas muitas pessoas se beneficiam e não entram na conta. “Isso é preciso mudar. É preciso ser repensado”, defendeu. Segundo Adalberto, ninguém questiona o subsídio nem a gratuidade, mas tudo precisa subsidiado. Acrescentou que o idoso tem um direito que é uma questão de política social. “Isso ninguém questiona”.
Quanto à gratuidade para os estudantes da rede municipal de ensino e para portadores de HIV, disse o superintendente, que o Poder Público já subsidia o primeiro grupo e agora vai subsidiar o segundo.
Necessidade urgente de mudança
“Por questão social, como saúde e educação, o transporte tem que ser subsidiado. Não dá apenas para custo ser bancado pelo usuário, que, às vezes, está desempregado”, observou ele. Adalberto disse que o prefeito Luciano Cartaxo participará, nos próximos dias, de uma reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e deve levar para o debate a proposta de criação de um Fundo de Financiamento do Transporte Público envolvendo as esferas estadual, federal e municipal.
“A discussão ocorre em momento muito delicado, mas a hora da mudança é essa e tem que ser urgente”, declarou o superintendente da Semob. Ele disse que está formatando a proposta a ser apresentada pelo prefeito da Capital aos demais gestores do Brasil.
Assessoria
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