O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) inaugura mais um capítulo na excelência do atendimento hospitalar com o início na segunda-feira (10), da utilização de um microscópio operatório na neurocirurgia para o tratamento de pacientes com tumores malignos e benignos, malformações cerebrais, Síndrome de Arnold Chiari, além de doenças da coluna como hérnia de disco, entre outras. Um paciente do sexo masculino de 63 anos com um tumor maligno cerebral, foi o pioneiro a ser beneficiado com a tecnologia que diminui as chances de sequelas e outras complicações como sangramentos no ato do procedimento.
O neurocirurgião e cirurgião de coluna do HSVP, Fernando Nobre, coordenou a equipe cirúrgica e lembrou que, assim como o estetoscópio e o eletrocardiograma revolucionaram a cardiologia, o microscópio neurocirúrgico revolucionou as neurocirurgias. A tecnologia chegou há pouco mais de 60 anos, recebeu aprimoramentos, e hoje proporciona ao profissional que opera, amplitude no alcance da visualização dos tumores cerebrais.
Ele destacou que antes desse tipo de aparato, as cirurgias eram feitas a olho nu, depois houve uma evolução para as cirurgias por meio de lupa cirúrgica, onde o poder de amplificação é de 4 a 6 vezes, enquanto, o poder do microscópio Tivato 700, aumenta em 40 vezes a visão do campo lesionado, permitindo ao cirurgião uma precisão muito maior na abordagem, diferenciando o tecido saudável do tecido doente.
“O tecido cerebral por ser um tecido muito delicado e minucioso, onde os vasos são muito pequenos, ficávamos reféns do que conseguíamos enxergar. Nós operávamos o que conseguíamos enxergar, tínhamos uma limitação e só chegávamos até uma certa parte”, lembrou o neurocirurgião do Hospital São Vicente.


De acordo ainda com Fernando Nobre, o microscópio cirúrgico Tivato 700 ainda pode ser usado por outras especialidades como oftalmologia, odontologia, otorrino e ainda todas as áreas médicas em que se precise ver detalhes minuciosos. “No Hospital São Vicente, a tecnologia gera um ganho extraordinário para os pacientes SUS, e estamos no caminho certo, pois também é utilizada pelos serviços de referência na rede privada”, informou.
Ele ainda destacou que o microscópio gera maior precisão da lesão, maior alcance, resolução e foco naquilo que precisa ser enxergado mais longe, trazendo benefícios para o paciente que tem uma cirurgia menos traumática, com menor dano cerebral e outros riscos de complicações durante o procedimento.
Fernando Nobre ainda lembrou que os benefícios também são estendidos ao neurocirurgião que alcança melhor precisão nos movimentos, gera uma cirurgia mais limpa e resolutiva. “O desafio na neurocirurgia é acessar a lesão cancerosa de forma precisa, e lesionar a menor quantidade de tecido sadio, que acaba sendo alvo, para evitar as chances de sequelas”, destacou.
COMO FUNCIONA – O Hospital São Vicente de Paulo é uma instituição filantrópica, de alta e média complexidade, administrado pelo Instituto Walfredo Guedes Pereira, que presta assistência aos usuários, 90% pelo SUS e 10% por convênios particulares. É referência nos serviços de nefrologia, oncologia, neurocirurgia e cirurgia vascular, além de retaguarda na emergência e urgência de pacientes oncológicos e renais que já foram admitidos na unidade.
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