A qualificação na assistência aliada à modernização da estrutura tem contribuído para uma maior procura por atendimento no setor de urgência e emergência do Hospital do Servidor General Edson Ramalho (HSGER) – que integra a rede estadual de saúde e é gerenciado pela Fundação PB Saúde. Tem se observado um aumento em média de 4% a cada mês. Em outubro deste ano, por exemplo, foram 2.204 atendimentos e em novembro, 2.300.
Além da modernização da estrutura, o aumento da procura é reflexo das ações de qualificação na assistência e na intensificação da aplicação da triagem de Classificação de Risco, que torna o atendimento mais ágil para os casos mais graves e organiza melhor os atendimentos com menor gravidade.
De acordo com a coordenadora do setor, Fernanda Alves, essa triagem é realizada de forma criteriosa, segura e humanizada, por meio do Protocolo de Manchester, um sistema de classificação de risco testado e aprovado em vários países. “Ele classifica os pacientes por cores, que vão do vermelho ao azul, dependendo das condições clínicas. Um enfermeiro capacitado verifica pressão arterial, temperatura e fica a par dos sintomas do paciente, classificando o seu ‘grau’ de urgência”, explicou.
Dona Josefa Alves, 83 anos, esperou menos de 10 minutos para ser atendida e se sentiu mais segura com o atendimento da triagem. Logo após ser ouvida pela equipe assistencial do Hospital, ela recebeu uma pulseira verde e foi encaminhada para iniciar o tratamento de infecção urinária. “Foi muito rápido. Eu gostei muto da moça, que foi muito atenciosa comigo”, relatou.
Estrutura especializada – O setor, que recebe apenas adultos, está preparado para atender urgências e emergências 24 horas por dia, contando com estrutura para atendimento de casos urgentes e de pacientes críticos. O setor oferece, ainda, equipamentos modernos e fundamentais para realizar diagnósticos nos pacientes, a exemplo de exames de imagem (raio-x, endoscopia, colonoscopia e tomografia) e laboratoriais, realizados com agilidade e segurança. “São exames realizados apenas nos pacientes com o perfil da urgência. Por isso, o diagnóstico é mais rápido e o tratamento agilizado”, complementou Fernanda.
Josimar Ribeiro, 47 anos, foi um dos pacientes que precisou realizar exame, após dar entrada pela urgência do HSGER. Com dores provocadas pelo pós-operatório para retirada de hérnia inguinal, foi encaminhado, rapidamente, para o raio-x e, em seguida, para o consultório médico, para reavaliação do procedimento. “Eu só tenho a agradecer a rapidez. Cheguei aqui e num instante me mandaram para fazer o exame e para ver o médico, que já viu que está tudo bem e me receitou uns remédios para essa dor parar”, agradeceu.
Cores que salvam vidas – Veja abaixo qual o significado das cinco cores do Sistema de Classificação de Risco adotado no Hospital Edson Ramalho:
– Vermelho: Emergência
Essa cor indica que o paciente precisa de atendimento imediato por estar com a vida em risco. Paciente normalmente inconsciente.
Tempo máximo para atendimento: 0 minuto.
– Laranja: Muito urgente
O paciente precisa de atendimento o mais rápido possível.
Tempo máximo para atendimento: 10 minutos.
– Amarela: Urgente
O paciente precisa de avaliação. Não é considerada uma emergência, já que possui condições clínicas para aguardar.
Tempo máximo para atendimento: 60 minutos.
– Verde: Pouco urgente
É o caso menos grave, que precisa de atendimento médico, mas pode ser assistido no consultório médico, ambulatoriamente.
Tempo máximo para atendimento: 120 minutos.
– Azul: Não urgente
Paciente não-grave.
Tempo máximo para atendimento: 240 minutos.
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