A vida como executivo de uma empresa multinacional pode ser a realização profissional de muita gente, mas outros alcançam este patamar e decidem seguir justamente um caminho de volta, com menos horas do dia dispensadas no escritório, viagens e reuniões de trabalho. Esta é a história do casal Felipe Lima e Karen Insaurrade, assim como tantos outros. A rotina puxada como executivos já não fazia brilhar os olhos deles. A produção da cerveja artesanal aparecia apenas como brincadeira. Mas o hobby acabou sendo o caminho de escape para a vida exaustiva como executivos. E a partir da cerveja, eles decidiram empreender. Investiram em tanques em uma fábrica, em Curitiba, no Paraná, até que resolveram expandir para o Brasil. O Recife foi eleito não apenas o ponto de partida para a expansão no Nordeste, como também o lugar para a família estabelecer moradia.
A história da marca teve início em Curitiba, antes mesmo antes de se estabelecer no Recife. Com a criação da marca Palta de cervejas artesanais e a produção instalada na capital paranaense, era hora de ter um lugar que pudesse oferecer a cerveja aos clientes. Um dos sócios da Palta, Vinicius Sampaio, e o empresário José Araújo desenvolveram em 2015 duas Kombis com foco no chope. Logo depois, eles viram a necessidade de ter um ponto fixo, incluindo no cardápio opções de hambúrgueres para segurar mais o cliente no lugar.
O modelo deu certo e a expansão aconteceu de forma natural. Hoje já são 19 unidades espalhadas pelo Brasil da marca, inclusive as duas unidades do Recife comandadas pelo casal Felipe e Karen. Cansados do frio curitibano e a busca por um local estratégico para os negócios fizeram eles adotarem a capital pernambucana omo casa e um bom local para investir, inclusive como porta de entrada do Mr. Hoppy para o Nordeste. “É uma cidade grande, que dá acesso a tudo, inclusive qualidade de vida para nós e nossas crianças”, explica ele. Além da mudança, o casal desembarcou na capital pernambucana com dois desafios.
O primeiro deles foi o de abrir duas franquias do Mr. Hoppy no Recife, sendo uma em Boa Viagem, na Zona Sul, e outra nas Graças, na Zona Norte. O investimento em uma franquia gira em torno de R$ 150 mil por conta da estrutura enxuta do negócio. Em média, são cinco colaboradores por unidade, podendo variar de acordo com a demanda e tamanho de cada local, entre os setores da cozinha, atendimento e salão.
Os planos de expansão da marca pelo Nordeste seguem afinados, inclusive uma loja já foi inaugurada em João Pessoa, na Paraíba, e outras negociações estão em curso tanto para Pernambuco como para outros estados da região.
O segundo desafio do casal ao desembarcar no Recife está ligado à marca de cerveja, a Palta, que deve receber maior atenção para que sua distribuição se desenvolva no Nordeste.
Negociação para produzir cerveja no Recife
A produção da cerveja Palta começou como brincadeira e depois foi levada para uma fábrica como produção cigana, ou seja, quando a cerveja é produzida na indústria de outra marca. Hoje, ela tem seus próprios tanques em Curitiba, onde são produzidos entre 10 mil e 15 mil litros por mês. O Recife, por enquanto, serve como centro de logística para distribuição da cerveja no Nordeste, porém já existe a expectativa de produzir a Palta na capital pernambucana.
Felipe Lima conta que a cerveja começou a ser produzida junto com seu primo Vinícius Sampaio na churrasqueira de casa e foi virando negócio sério com o passar do tempo. Logo passou a ser produzida em uma fábrica de outra marca e, inclusive, tem uma veia de cigana: passou por 13 fábricas diferentes até se fixar em uma só. Hoje toda a distribuição da cerveja é feita através da produção em Curitiba. “Hoje trago todos os chopes e as latas do Sul. O Mr. Hoppy das Graças já conta com uma câmera fria grande para poder estocar e o de Boa Viagem é de passagem. Além disso, estamos negociando um Centro de Distribuição para estocar fora da cidade, às margens da BR, para facilitar a distribuição”, detalha.
Porém, a Palta já tem negociação para produzir no Recife e fazer a distribuição por aqui para o Nordeste. No Recife, à princípio, a produção também será cigana e o sócio da marca explica que a negociação mais avançada está para que a produção aconteça na fábrica da Ekaüt. “A ideia é começar a produzir 5 mil litros por mês aqui e até o final de 2019 atingir o mesmo patamar de produção do Sul”, detalha Felipe Lima, que tem Vinicius Sampaio e Bruno Paludo como sócios na cervejaria.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br
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