O posto de cobrador foi totalmente extinto em 33 cidades brasileiras. O dado foi divulgado pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos).
O levantamento mostra ainda que em cinco municípios o pagamento de tarifa em dinheiro também foi eliminado. Nestes casos, os passageiros têm que utilizar cartão ou bilhete para pagar a passagem.
Isso ocorre nos ônibus municipais de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; em Joinville, Santa Catarina; Maringá, no Paraná; São José dos Pinhais, também no Paraná; e em Sorocaba, no interior de São Paulo.
No caso de Sorocaba, o posto de cobrador foi extinto na década de 1990. Na cidade, além do pagamento por meio de cartão, é possível passar pela catraca pagando a passagem por meio de bilhetes com QR Code (Quick Response Code: Código de Resposta Rápida na sigla em inglês) por meio de um smartphone.
Em Campo Grande, o posto de cobrador foi extinto em 2012, enquanto em Joinville, os profissionais não atuam no sistema desde 2001. Por sua vez, em Maringá o posto não existe desde 2005.
Extinção parcial do posto de cobrador
Além disso, 32 municípios eliminaram parcialmente o posto de cobrador, tanto em ônibus municipais quanto intermunicipais. Nesta lista, estão inclusas capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre e Vitória.
Nesta semana, a retirada de cobradores do sistema de transporte foi o motivo para uma paralisação na Grande Vitória, no Espírito Santo. A greve teve início na última segunda-feira (12) e foi encerrada na terça, após acordo entre as partes.
Capital paulista
Na capital paulista, o futuro dos cobradores ainda é incerto. Na última quinta-feira (8), foi realizada a segunda reunião da comissão que discute a atuação dos profissionais no sistema de transporte.
As empresas estudam os custos de programas de qualificação e a estruturação de um PDV – Programa de Demissão Voluntária.
No dia 2 de agosto, em entrevista exclusiva ao Diário do Transporte, o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, disse que a gestão não vai aceitar demissões.
Uma das alternativas para não demitir, mas ao mesmo tempo ir gradativamente implantando os ônibus sem cobradores, é não repor os profissionais que saírem, já que o nível de rotatividade de trabalhadores no setor de transportes é grande.
A SPTrans – São Paulo Transporte, gerenciadora dos ônibus da capital, chegou a enviar por e-mail para as empresas de ônibus uma circular pela qual permitia que os veículos básicos ou padrões que fossem incluídos no sistema já viessem sem o posto do cobrador.
A circular causou revolta entre os trabalhadores. Após o anúncio de paralisação em todos os terminais pelo sindicato, a prefeitura recuou e o secretário Edson Caram revogou o ofício.
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