O presidente da Federação Interestadual dos Transportes Rodoviários Autônomos de Cargas e Bens da Região Nordeste, Eduardo Oliveira, descartou, por enquanto, uma nova paralisação da categoria, diante, sobretudo do momento que atravessa o País e a transição de presidência da República.
“A própria CNTA também não apoia nesse momento uma nova paralisação, agora se for necessário, o nosso movimento será não para travar BR’s, pois sempre fomos contra isso, já que o cidadão tem o direito de ir e vir. Parar o caminhoneiro, o transportador é uma coisa e a população outra, diferente”, afirmou Eduardo Oliveira.
Marco regulatório
O presidente da Fecone afirmou que a última paralisação ocorrida em maio passado, correspondeu às expectativas e deixou apenas um ponto em aberto de todos os que foram acordados, que é o marco regulatório do transportador de carga, que se encontra no Senado e tem como relator Romero Jucá, com expectativa de aprovação para antes do recesso do final do ano.
Eduardo lamentou que a população ainda sofra resquícios das consequências da mobilização, a exemplo do desabastecimento de medicamentos, mas lembrou não ter sido isso que a categoria desejava. “Queríamos uma paralisação de quatro a cinco dias para que o governo sentasse à mesa, mas sua própria equipe demorou mais de cinco dias para dialogar conosco”, lembrou, desculpando-se.
Valor linear do diesel
Segundo ele, no cômputo geral, para o transportador seja autônomo ou de carga, o saldo foi e está sendo positivo diante do melhor caminho tomado, que ainda carece de um valor linear no valor do litro do diesel, que tranquilize esses profissionais para trabalhar durante seis, oito ou até um ano.
À época foi dado um desconto de 60% no referido valor, porém diante da flutuação do dólar, a categoria passou a só sentir na bomba de combustíveis quando o preço do litro do diesel sobe e não quando desce, sobressaltada diariamente com receio de ser surpreendida com um aumento inesperado.
Dolarização do petróleo
Eduardo Oliveira finalizou demonstrando confiança na equipe econômica do novo presidente da República, ainda não convencido da dolarização do petróleo. Ainda não encontrei um expert para me convencer que sejamos a trabalhar com o diesel dolarizado, pois 80% do petróleo é nosso e compramos apenas 20% lá fora”, arrematou.
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