A derrota do Vasco para a Cabofriense por 1 a 0, na manhã desta sexta-feira em São Januário deixou o time por um fio na Taça Guanabara. Para ainda sonhar com a semifinal, o Cruz-Maltino vai precisar vencer os últimos dois jogos e secar Madureira e Volta Redonda para que somem no máximo um ponto nas duas rodadas, além de tirar a diferença no saldo de gols.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Abel Braga praticamente jogou a toalha, disse que houve cobrança no vestiário e admitiu que vai priorizar a Copa Sul-Americana. O Cruz-Maltino enfrenta na próxima quarta-feira o Oriente Petrolero, da Bolívia, às 21h30 (de Brasília), em São Januário, e por causa disso deve poupar o time titular do clássico contra o Botafogo neste domingo, no Nilton Santos.
– É praticamente impossível (classificar). Temos de torcer para os caras perder duas. Vamos priorizar obviamente a Sul-Americana. Aqui ninguém vai desistir. E não pensa que não houve cobrança. E foi séria. Depois os jogadores falam que não tem chance. Esperávamos uma atuação melhor. Mas tem de analisar – afirmou Abel, fazendo um panorama das mudanças do time:
– O Vasco terminou o ano bem com o time titular, com empatia com a torcida. Mas 40% dos titulares saíram. A defesa é quase a mesma, menos o zagueiro central, Guarín, Rossi e Richard saíram. Tentamos não mudar muito, temos que jogar melhor. O torcedor está chateado com razão. Tem que fluir, vamos achar o time. Tava calor, sim, para quem cria é mais complicado e tentamos fazer isso, mas o adversário jogou com esse calor também.
Confira outras respostas de Abel:
ADIAMENTO DO JOGO
– O que aconteceu foi atípico. Mas não é motivo nenhum. Estava quente e se dormiu pouco para gente e para o adversário. Não podemos usar isso como justificativa.
COGITOU TIME RESERVA?
– Não. O clássico só teria importância para a gente se vencêssemos hoje. Então, não pensei nada em domingo. Não aconteceu, então, vamos ver quem vai estar bem. Fui para esse jogo com dois jogadores não 100%. Pikachu é outro problema, nem sei se para quarta, o próprio Talles.
CRÍTICAS DA TORCIDA
– Aqui é Vasco, um time gigante. Tem pressão. Mas que fique claro que não faço parte de nenhuma ala política. Eu entendo a torcida e também estou chateado com o que estamos produzindo.
MARRONY, TALLES E CANO
– Ano passado, se reparar, jogava o Marrony, Rossi e Ribamar. Em alguns jogos, o Marrony por dentro. São jogadores, esses citados, que a gente tem esperança muito grande. Nos três jogos dessa equipe, só mudei um jogador, o Pec pelo Juninho. Mas a coisa não está fluindo. O negócio é que a gente não está conseguindo criar.
– Nós temos de procurar a equipe com o que temos. O que temos está aí. Passei a ter mais profundidade quando recorri a um menino, o Vinícius, que entrou muito bem. Precisamos achar soluções. O Cano é oportunista, a bola tem que chegar mais vezes nele e melhor. A profundidade de campo está muito pouca, temos que mudar isso e buscar a solução no plantel.
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