Alexandre Gallo não é mais diretor de futebol do Atlético-MG. Ele foi demitido nesta terça-feira. O ex-atacante Marques, que era coordenador das categorias de base do clube, assume a direção do futebol profissional. Segundo a assessoria de imprensa, Marques fará a função “para fechar o ano”. A tendência, portanto, é que o Atlético-MG busque um novo profissional para 2019.
A pressão sobre Gallo era imensa. Ele foi o principal alvo dos recentes protestos da torcida do Atlético-MG. Internamente, também passava longe de ser unanimidade. Chegou ao clube no fim do ano passado, quando Sérgio Sette Câmara assumiu a presidência, na mesma época em que Marques foi anunciado para assumir a coordenação da base.
Na “gestão Gallo”, o clube contratou 18 jogadores. Quatro já deixaram o Atlético-MG, e apenas quatro são atuais titulares – Zé Welison, era outro titular, mas machucou. Quase todas as contratações foram no mesmo perfil: atletas jovens, com potencial de crescimento. Poucos deram rápido retorno.
O Atlético-MG não começou bem a temporada. Passou por momentos de turbulência nos primeiros meses do ano e, já em fevereiro, demitiu o treinador Oswaldo de Oliveira. O auxiliar Thiago Larghi assumiu o time e conseguiu fazer um bom primeiro turno de Brasileirão com o Atlético-MG. Mas o rendimento caiu muito na segunda metade do campeonato, e o treinador foi demitido.
Levir Culpi foi contratado no último dia 17, mas a troca de treinador não acalmou o torcedor atleticano. De lá para cá, dois protestos foram feitos na sede administrativa do clube, no bairro Lourdes, região centro-sul de Belo Horizonte. Alexandre Gallo foi o principal alvo nas duas manifestações. Ficou claro que a “bronca” da torcida era mais com a diretoria do que com o então técnico.
A situação ficou insustentável após nova derrota do Atlético-MG no Brasileirão, dessa vez para o Ceará, em Fortaleza, por 2 a 1. Um dia depois, veio o anúncio: Gallo está fora do clube.
G1
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