O anúncio da barca com oito jogadores tumultuou o ambiente no Fluminense. Por seguirem critérios financeiros, as saídas de Henrique e Cavalieri não passaram pelo técnico Abel Braga. De férias na Bahia, ele foi pego de surpresa com a dispensa dos dois. E não escondeu sua desaprovação.
— Não sou eu que tenho que aumentar ou diminuir 20 milhões, 30 milhões, na folha. Eu sou gestor de campo. Não sou gestor de clube. Meus jogadores me conhecem muito bem. Se você quer chegar em uma situação, passar para o torcedor que o clube precisa baixar x por cento, milhões de reais por ano, tudo bem. Mas não se pode divulgar o nome de ninguém. Ainda mais que são jogadores que não vão abrir mão de qualquer coisa. Não são jogadores comuns. São jogadores que eu adoro, titulares meus. Um, inclusive, capitão. Atletas por quem eu tenho o maior respeito. Sei que o respeito que eles têm pelo clube e pelo torcedor também é muito grande — disse o treinador, incomodado por não ter sido consultado:
— Esse ano eu fiz uma proposta, nada de salário: “Vamos fazer umas trocas, mudar a cara do time…” Mas nada, por incrível que pareça, que envolvesse esses dois jogadores. Sou gestor de campo e estou muito feliz pelo que fizemos esse ano. E essa felicidade se deve muito ao Cavalieri e ao Henrique.
O diretor executivo geral Marcus Vinícius Freire explicou que os dois jogadores foram dispensados porque o clube não tem como pagar o salário deles em 2018.
— São dois caras sem qualquer questão técnica para falar. Só que o Fluminense não tem condições de pagar por eles — explicou Freire.
Além deles, o Fluminense anunciou que não conta com o meia Marquinho, o lateral Wellington Silva, o meia Higor Leite, o atacante Robert, o lateral-esquerdo Arthur e o atacante Maranhão.
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