Dia 20 de junho de 2018: neste dia, o Santos anunciou a contratação de Ricardo Gomes para ser executivo de futebol.
Pouco mais de dois meses depois, Ricardo Gomes deixou o cargo, aceitou uma proposta para ser diretor do Bordeaux, da França, e se tornou o terceiro dirigente a sair do departamento de futebol do Santos na gestão do presidente José Carlos Peres, que começou em janeiro.
Ricardo Gomes se juntou a Gustavo Vieira de Oliveira, o primeiro executivo de futebol da “era Peres”, demitido com 45 dias de trabalho, e William Machado, ex-gerente de futebol do Santos, que pediu para deixar o cargo.
O caos político vivido pelo Santos em 2018 influenciou na decisão de Ricardo Gomes de aceitar a proposta do Bordeaux. O agora ex-executivo de futebol do Peixe, que era o principal intermediador do elenco com a diretoria, não estava satisfeito com o clima turbulento do Santos nos bastidores.
Além da recente eliminação do clube na Libertadores por conta da escalação irregular de Carlos Sánchez (que coube ao próprio Ricardo Gomes explicar antes do presidente José Carlos Peres, mesmo com o erro não sendo de seu setor), há o risco de o presidente do Santos sofrer impeachment, o que pode atrasar uma eventual busca por um substituto. A ideia do Santos é repor a vaga de Ricardo rapidamente.
Nesta quarta, José Carlos Peres sofreu nova derrota na Justiça, que negou pedido de liminar para interromper os processos de impeachment, que será votado no Conselho Deliberativo no dia 10 de setembro, a próxima segunda-feira.
Esse furacão de más notícias recaíam justamente em Ricardo Gomes, homem forte do futebol do Santos, que, por incrível que pareça, era unanimidade no meio do racha político entre as alas do presidente José Carlos Peres e do vice Orlando Rollo.
Ricardo Gomes foi o segundo executivo de futebol do Peixe em oito meses da gestão de Peres. Ao todo, ele ficou 75 dias no cargo antes de trocar o Santos pelo Bordeaux, da França.
Antes de ser desligado, Gustavo se sentia exposto por repentinas mudanças de opinião de Peres. Ele lamentava a pessoas próximas a falta de conhecimento da situação financeira do clube e a dificuldade de se comunicar com o presidente.
Após a saída de Gustavo Vieira de Oliveira, o Santos ficou quatro meses sem um executivo de futebol até a chegada de Ricardo Gomes. Com outra passagem precoce, o Santos volta ao mercado em busca de um substituto. Será que desta vez vai durar?
G1
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