Você muito provavelmente já ouviu por aí, em uma conversa com amigos, que time que recua está chamando o adversário para o seu campo. Frases populares à parte, foi exatamente isso o que aconteceu com o Vasco no empate em 1 a 1 com o Goiás, em São Januário, nesta segunda-feira, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Depois de abrir o placar ainda no primeiro tempo, o Vasco recuou, mas o que mais chamou atenção foi a dificuldade para encontrar contra-ataques, uma das principais qualidades da equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. O recuo custou caro: de tanto insistir, o Goiás empatou no último minuto, com um gol contra do zagueiro Henríquez.
Independentemente de resultado, o Vasco apresentou mais uma variação tática sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, mas não conseguiu manter o nível de atuação nos dois tempos em São Januário. Veja, abaixo, a análise do empate:
Começo disperso
Depois de um clássico eletrizante e com as atenções ao máximo, o Vasco entrou em campo contra o Goiás e parecia não estar na mesma voltagem. Mesmo com quatro homens no meio de campo, exatamente os mesmos que atuaram contra o Flamengo (Raul, Guarín, Richard e Marcos Júnior), o Cruz-Maltino sofreu para parar o adversário.
O Goiás chegou a acertar a trave e chegar com perigo em outras oportunidades, apesar de o Vasco ficar com a posse de bola e tentar ter o controle. Os visitantes apostavam na velocidade dos jogadores de lado e quase viram resultado, mas as boas defesas de Fernando Miguel e a sorte (com a trave) livraram o Cruz-Maltino.
A mesma raça
Independentemente do futebol apresentado, o que novamente não faltou ao Vasco nesta segunda-feira de bola rolando foi vontade. Assim como contra o Flamengo, lances disputados, divididas e até corridas… Os jogadores do Cruz-Maltino ganharam quase todas e compensaram a falta de inspiração com raça.
O próprio lance do gol de Guarín é um exemplo de luta. O volante recebe na área, protege, finaliza, protege de novo e aproveita o rebote para abrir o placar em São Januário.
Mudança dos atacantes
Apesar de, no papel, a escalação ter sido praticamente a mesma do empate em 4 a 4 com o Flamengo, na prática foi diferente. Contra o rival, na rodada passada, o Vasco jogou num 4-4-2 clássico, com dois atacantes mais centralizados, não abertos. Diante do Goiás, Luxemburgo montou a equipe, quando atacava, com Rossi pela direita, Marrony centralizado e Marcos Júnior pela esquerda.
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