Paulo Henrique Ganso jogou pela primeira vez em 2018 na última quinta-feira, mas os quase 20 minutos em que esteve em campo não foram suficientes para alterar sua decisão de deixar o Sevilla. O meia tem propostas de clubes da Espanha, de Portugal e da Turquia, e aguarda uma definição para as próximas semanas. Até aqui, a diretoria recusou todas as ofertas.
O jogador disputou apenas 28 jogos em seus dois anos de Sevilla. O desejo de atuar por mais tempo o levou a externar para a diretoria a vontade de sair. Em julho, o clube recusou uma proposta com opção de compra do Santos Laguna, do México.
Uma complexa operação financeira envolve o imbróglio entre Sevilla e Ganso. No meio de 2016, os espanhóis pagaram 9,5 milhões de euros para tirá-lo do São Paulo. O meia tem contrato até julho de 2021. O Sevilla gostaria de envolver o brasileiro numa negociação que pelo menos se aproximasse do valor gasto em sua contratação. Mas quanto mais longe da equipe ele fica, menos provável se torna a chegada de uma boa oferta.
A mudança de técnico chegou a soar como novos tempos para Ganso, mas ele ainda não ganhou o protagonismo esperado com Pablo Machín, ex-Girona. Ter participado do segundo tempo da vitória por 1 a 0 sobre o Zalgiris Vilnius, da Lituânia, está longe de ser o suficiente para que Ganso mude sua posição e se incline pela permanência. A torcida, principalmente depois de uma temporada passada ruim da equipe, cobra mais chances ao brasileiro.
Aos 28 anos, o meia surgiu em 2009 junto com Neymar, no Santos, como uma das principais promessas do futebol do país em muitos anos. Ambos não foram convocados para a Copa do Mundo de 2010, apesar do apelo popular.
Ganso e o Santos entraram em litígio, e em 2012 ele se transferiu para o São Paulo. Após quatro anos de altos e baixos, mas numa boa relação com clube e torcida, ele finalmente foi para a Europa, onde ainda não conseguiu sequer se aproximar de ser o jogador cheio de talento anunciado na base santista.
Globoesporte
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