Enquanto o presidente do Santos, José Carlos Peres, adota o silêncio em meio à indefinição sobre o futuro do técnico Jorge Sampaoli, Pedro Henrique Dória Mesquita, membro do Comitê de Gestão do Peixe e espécie de “braço direito” do mandatário, admitiu a dificuldade em manter o argentino.
Na última segunda-feira, Sampaoli e Peres se reuniram no CT Rei Pelé, mas o encontro não teve saldo positivo para o Peixe. Isso porque o treinador fez exigências ao clube que estão longe do que a diretoria pode oferecer.
– Ele é um técnico bastante assediado, isso dificulta um pouco o negócio. O clube se esforça ao máximo, mas com responsabilidade do tamanho do seu pé para tentar viabilizar. A definição do técnico é prioridade, assim como questões do elenco. Nos próximos dias devemos definir isso, anunciar também algumas contratações para reposições de peças pontuais – disse Pedro Dória, em entrevista à rádio Ômega.
O gestor foi claro sobre as condições financeiras do Santos e exaltou a campanha do clube em 2019, mesmo com orçamento menor que os principais rivais. Ele também falou em segurar peças do elenco, uma das exigências de Sampaoli. Gustavo Henrique, Derlis González e Jorge são saídas certas para 2020.
– Sabemos o que o projeto de futebol que o Sampaoli vislumbra necessita (de investimentos). Nós, infelizmente, não temos condição de ofertar o que outros clubes podem ofertar. Fomos vice-campeões com um terço do orçamento do Flamengo, 40% do Palmeiras, outros abaixo como São Paulo têm orçamentos fabulosos e não tiveram a mesma performance. É hora de comemorar esse importante feito e não só para segurar o técnico, mas os atletas. Muitos estão sendo assediados. O elenco tão ruim do Santos como muitos falam tem propostas de A a Z – finalizou o homem de confiança de Peres.
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