Em meio ao turbilhão que foi a última semana, Malcom, enfim, parou para falar. O atacante brasileiro concedeu uma longa entrevista ao site russo “Sport24”, passou a limpo os primeiros dias como jogador do Zenit, da Rússia, e comentou os boatos de que poderia estar de saída do novo clubeapós protestos racistas por parte da torcida em sua estreia. Em suma, ele negou essa possibilidade, afirmou que “quer fazer história no Zenit” e cogitou até defender a seleção russa.
Malcom chegou em São Petersburgo na quinta-feira da semana retrasada, dia 1°. Treinou na sexta e estreou no sábado, na partida contra o Krasnodar, pelo Campeonato Russo. Na arquibancada, membros de uma torcida organizada do Zenit estenderam uma faixa que dizia: “Obrigado à direção por se manter leal às nossas tradições”, uma manifestação sarcástica em referência ao hábito do clube de não contratar jogadores negros.
Além do episódio, uma carta-assinada por várias torcidas do time deu corda à polêmica. “Agora, os jogadores negros de futebol estão sendo impostos quase pela força ao Zenit. E isso causa apenas uma reação adversa. Deixe-nos ser o que somos”, dizia um trecho do comunicado.
Logo em seguida, a agência de notícias russa “RIA Novosti” levantou a possibilidade de que o brasileiro pudesse ser negociado já na próxima janela de transferências. “Talvez o Zenit venda Malcom em janeiro devido aos problemas de racismo”, diz a notícia que cita um brasileiro como fonte. Na entrevista ao site “Sport24”, Malcom não foi questionado sobre os protestos da torcida em específico. A única pergunta sobre o assunto foi: “A imprensa brasileira vem discutindo rumores nos últimos dias de que você não foi bem recebido pelos torcedores e que poderia supostamente deixar o Zenit em janeiro.”
Para essa pergunta, Malcom respondeu:
“Eu quero ficar no Zenit. Cumprir meu contrato, fazer história. O que eles falam no Brasil é uma mentira. Estou feliz no Zenit, esse é um momento importante para mim. Como disse, quero fazer história aqui.”
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