O empate sem gols com o Ceará foi mais um capítulo do looping eterno que o São Paulo vive entre mudanças frequentes de jogadores, técnicos, dirigentes e sistemas táticos. Há momentos que transmitem vaga esperança de melhora e outros de imersão à realidade, como essa partida no Castelão, onde a equipe não funcionou no 4-1-4-1 nem no 3-4-3.
E não funcionou por quê? Porque o time tem poucos bons jogadores em setores fundamentais de criação. O São Paulo vive procurando definidores, camisas 9, e pontas, que atuam abertos, mas dedica pouca atenção à região central, terra absolutamente improdutiva, infértil.
No último domingo, Diego Aguirre escalou Petros, Hudson e Liziero no triângulo de armadores. No futebol atual, todos os volantes participam, uns mais e outros menos, da construção ofensiva. Logo no início, o São Paulo deixou claro que sua intenção era encurralar o Ceará e trocar a bola no campo de ataque. Mas é impossível fazer isso com Petros, Hudson e Liziero.
Jucilei, poupado, também não tem essa característica. Não ter peças que se encaixem na ideia de jogo é um dos problemas do clube que brinca de trocar jogadores, técnicos e diretores de futebol.
Para conseguir incomodar o Ceará, fechadinho, os volantes do São Paulo precisariam ter opções de passes verticais, mas quando Petros tinha a bola, Hudson ficava sempre atrás ou ao lado dele. E vice-versa. Liziero, por sua vez, se adiantava e formava um quarteto ofensivo com Cueva, Everton e Tréllez. Resultado: b
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