A presença de Hulk em um camarote da arena do Palmeiras no jogo de domingo, contra o Mirassol, atiçou o torcedor alviverde. Ali estava mais um passo na aproximação entre o clube e o jogador. Mas é um processo que está longe de representar uma chegada iminente de Hulk ao Verdão. A situação não é tão simples.
Por isso, o Palmeiras age aos poucos para cercar o ex-atacante da seleção brasileira. O primeiro passo foi marcar presença, demonstrar interesse. E os próximos dependem de questões alheias ao mero desejo do clube.
No presente
Por desencargo de consciência, diante da paralisação das atividades do futebol chinês (consequência da epidemia do coronavírus), o Palmeiras consultou a situação de Hulk no Shangai SIPG, mas se desanimou ao tomar conhecimento do que considerou um salário astronômico.
Segundo publicou a revista France Football em 2019, o atacante brasileiro, de 33 anos, recebe do clube chinês € 23,4 milhões (R$ 101 milhões) por temporada. São quase R$ 8,5 milhões por mês, um valor que Hulk não está disposto a abrir mão.
Até porque o contrato com o Shangai SIPG vai só até dezembro. Ou seja: dentro de dez meses, ele poderá trocar de clube. E aí entra o Palmeiras, que vive uma nova política de contenção de gastos e espera, para este ano, uma diminuição de R$ 70 milhões com salários, direitos de imagem e encargos trabalhistas. As saídas de alguns jogadores, entre empréstimos e vendas, já representaram uma economia de R$ 48 milhões.
A consulta por Hulk, que já se declarou palmeirense em diversas oportunidades, foi motivada principalmente pela situação excepcional que vive a China, abalada pelo coronavírus. O Palmeiras está atento ao que acontecerá com as competições locais. Somente uma eventual interrupção definitiva do futebol no país pode aumentar as esperanças do clube no momento.
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