A francesa Ophélie Claude-Boxberger, cinco vezes campeã francesa na corrida com obstáculos (1500m e 3000m), foi pega no doping em setembro após testar positivo para eritropoietina (EPO). Porém, a história teve uma reviravolta surpreendente e ela tem chance de ser inocentada no futuro.
Desde setembro, Ophélie vem tentando provar sua inocência. Agora, de acordo com uma pessoa próxima, um depoimento de Alain Flaccus, companheiro da mãe da atleta e parte de sua equipe técnica, deve fazer com que a luta dela seja facilitada. Ele teria admitido que injetou a substância proibida na francesa sem a sua permissão.
Ophélie e Alain foram ouvidos sob custódia policial em um depoimento de 48 horas, e foram liberados na manhã da última sexta-feira (29 de novembro). De acordo com o relato, ele afirmou que aplicou uma seringa com a substância na atleta após ela ter pego no sono ao receber uma massagem, e também admitiu ter sido o responsável por procurar a eritropoietina.
Em entrevista ao jornal francês “Est Republicain” após o depoimento, Ophélie disse que estava começando a entender o que havia acontecido:
– Finalmente entendi as coisas, entendi como nós achamos EPO no meu corpo. Os fatos estão aí. Essa pessoa se beneficiou de um momento de fraqueza física e psicológica. Seria premeditado, um desejo para prejudicar minha carreira esportiva. O que ele fez foi uma prática ilegal.
Anteriormente, Alain Flaccus já havia sido acusado de assédio sexual pela própria atleta, mas a denúncia foi retirada. Após alguns anos, ele se aproximou do entorno familiar de Ophélie.
Apesar da confissão de Alain, Ophélie Claude-Boxberger não está livre das investigações. Por ser uma situação extremamente rara, ainda não se sabe se ela vai se livrar das sanções esportivas, e a Agência Francesa de Antidoping (AFLD) segue buscando maiores evidências para o caso.
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