Grande referência quando o assunto é a seleção brasileira, Pelé fez questão de dar um “puxão de orelhas” em Neymar depois da Copa do Mundo na Rússia. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o Rei do Futebol revelou que teve um papo com atual astro do Brasil, que recebeu duras críticas após o Mundial da Rússia, acusado de simular faltas em excesso.
– Ficou difícil defender o Neymar por todas essas coisas que ele faz além de jogar futebol. E eu conversei com ele, disse que futebol ele tem. Ele deu azar porque a Seleção não ganhou a Copa e ele ficou marcado. Estive duas vezes com ele na Europa, a gente conversou e eu expliquei isso. “Pô, futebol, Deus te deu o dom. O que você fez é que complicou” – disse Pelé.
No longo papo com o jornal, o Rei comentou diversos assuntos, inclusive o jejum de títulos da Seleção na Copa, desde 2002, dizendo que “os outros melhoraram”, mas que o Brasil segue o melhor no futebol “sem dúvida”. Para Pelé, a seleção de Tite foi criticada de forma injusta, pois o time não estava formado e “teve o azar de perder”.
O ídolo do Santos disse que segue assistindo a jogos pela televisão e comentou as comparações a Mbappé, jovem astro que foi campeão mundial com a França neste ano, dizendo que “Neymar é mais jogador que ele”. Ao falar sobre as afirmações que Messi é o melhor jogador da história, fez questão de dizer que “não há comparação” entre ele e o argentino.
– Se eles acham… Questão de gosto. Há pessoas que acham isso. Tem gente que faz comparação de um cara que cabeceia bem, chuta com a esquerda, chuta com a direita, com outro que só chuta com uma perna, só tem uma habilidade, não cabeceia bem? Como pode comparar? Para comparar com o Pelé tinha de ser alguém que chutasse bem com a esquerda, chutasse bem com a direita, fizesse gol de cabeça – apontou o Rei, dizendo que Maradona foi “muito melhor” que Messi.
Rei diz que deixará a bengala em duas semanas
Pelé também fez comentários sobre seu estado de saúde. Depois de passar por três cirurgias, ele disse estar em processo de melhora, sem sentir dores, mas que precisou diminuir as viagens por recomendação médica. E revelou que deixará de usar a bengala em duas semanas.
– De vez em quando você fica meio preocupado. Senão ninguém tomava remédio. Eu fiz a cirurgia e não recuperava, não recuperava. Forcei demais a perna esquerda, complicou meu joelho. Estava falando: “Pô, já paguei a pena”. Forcei o joelho e tive de ir no médico ver o ligamento. Faço fisioterapia e em duas semanas vou deixar a bengala. Mesmo sem ser mais atleta, ainda estou pagando a conta – afirmou.
– Só não quero perder a consciência – afirmou.
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