O paraibano Petrúcio Ferreira conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nesse domingo (25). E dessa vez é um feito inédito. Foi nos 400 metros da classe T47 (amputados de braço). Petrúcio é campeão mundial e paralímpico nos 100m e 200m da classe T37, mas optou se dedicar aos 400m neste ano.
Na semifinal, em Lima, o paraibano cumpriu a distância em 49s70, mas claramente se poupando. Na final, três horas mais tarde, ele cruzou a linha de chegada em primeiro com sobras em 49s25 – mais de um segundo à frente do medalhista de prata, o venezuelano Samuel Colmenares (50s32), seu compatriota Renny Segueri herdou o terceiro lugar do brasileiro Thomaz Moraes, que foi desclassificado que terminou em terceiro, porém invadiu a raia vizinha.
“Não foi fácil, para chegar às provas de 400 metros foi uma trajetória dura, mas eu sabia que, pelo tanto que treinei, enfrentaria aqui somente a parte fácil, porque o mais difícil eu deixei lá atrás, nos treinamentos. Corri a semifinal sobrando. Mas na final eu vi meu rival crescendo nos últimos 150 metros, eu olhei para a reta final e pensei: ‘Essa medalha é minha, é nossa, é do Brasil’, e foi o que aconteceu”, comentou, ainda ofegante na zona mista o paraibano que amputou o braço direito ainda criança devido a um acidente com uma máquina de cortar capim.
Além do ouro de Petrúcio, outras 37 medalhas foram consquistadas por atletas brasileiros, no segundo dia de competições dos Jogos Parapan-Americanos de Lima.
O Brasil está isolado na liderança do quadro geral, com 78 medalhas. Das quais, são 27 de ouro, 22 prata, e as 29 restantes de bronze. Somente neste domingo, a bandeira brasileira foi vista em 38 cerimônias de pódios nas arenas de competição peruanas – duas a menos que no sábado, 24, quando fomos 40 vezes laureados.
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