Mirar 2020. Já é essa a missão do técnico do Botafogo-PB Evaristo Piza. Respaldado pela diretoria por conta de um grande primeiro semestre, o técnico segue no comando técnico do Belo, mesmo com o fracasso na Série C do Campeonato Brasileiro. A meta é clara: fazer uma temporada mais homogênea, sem queda de rendimento, com uma diminuição na margem de erros.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o treinador falou um pouco da reformulação no elenco, da eliminação na Série C e do que espera também para o ano de 2020. O Botafogo-PB que passa por algumas mudanças administrativas nesse fim de ano. E que passa a ser um novo cenário para o treinador.
Evaristo Piza sempre deixou claro que a prioridade era renovar com o Botafogo-PB — Foto: Vitor Oliveira / GloboEsporte.com
Mesmo assim, Evaristo Piza, acredita em um novo ano bom para o Botafogo-PB. Embora reconheça que a pressão vá ser maior.
– Eu sei que se eu tropeçar no Paraibano, não passar de fase na Copa do Nordeste, não passar da terceira fase da Copa do Brasil, as coisas podem ficar complicadas. Mas isso seria para mim ou para outro que estivesse aqui. Nosso ano foi muito bom no primeiro semestre. A torcida vai esperar isso novamente. Eu tenho que se grato à diretoria, que avaliou o ano, o trabalho, que foi bom. E retribuir com muito trabalho – avaliou.
Confira abaixo a entrevista com Evaristo Piza:
O Botafogo-PB já foi ao mercado, vem contratando. Como tem sido esse processo nesse novo momento no departamento de futebol?
É tudo em conjunto. Não é só o Piza, só o Luizinho (Luiz Alencar, analista de desempenho) ou só a diretoria. A gente avalia, vê e escuta. A gente avalia últimos clubes, número de jogos, minutos jogados. Tudo isso pesa. Só quem foge um pouco disso é o Everton Heleno. O Mário Sérgio eu já conhecia, e é um jogador que a gente já havia falado, até antes do Neuton. Mas ele estava com um entorse no tornozelo, e a gente precisava de uma situação imediata naquele momento. Era um jogador que estava sendo monitorado. O Luis Gustavo jogou em São Paulo, também conheço. Teve um bom ano na Penapolense, um zagueiro que joga nos dois lados, forte na marcação.
O Everton Heleno vem de uma temporada sem jogar, com um grava drama pessoal. É uma aposta válida para 2020?
A gente pensou nele porque é um jogador que sempre foi bem onde ele passou. Queremos resgatar ele, e acredito que ele pode dar uma resposta. Estamos trazendo ele de volta para o futebol. Ele pagou por um crime que não cometeu. Passou por tudo isso. Ele está há um ano sem jogar, por isso temos um trabalho especial para ele. O Claudinho (Cláudio Creato, preparador físico) já passou uma planilha para ele. O Everton vai se apresentar antes, em outubro, para ele se readaptar logo, principalmente para o equilíbrio muscular, e depois se integrar com todos.
Ele chega para substituir Marcos Aurélio, à frente dos volantes e mais próximo do gol, ou vai ser utilizado mais como segundo volante?
Preciso ver eles no campo. Onde ele pode funcionar melhor? Se é na função de Marcos Aurélio, mais na frente, se é vindo de trás, como o Marcos Vinícius. No papel, a gente pensa uma coisa, mas no campo a gente olha melhor. Vou observar se ele vai render melhor mais atrás ou próximo dos atacantes. Ele ficou muito tempo parado, preciso ver o que ele vai ter de dificuldades.
A reformulação aos poucos começa a se desenhar. Mas alguma saídas estão certas e são referências técnicas, como Clayton e Marcos Aurélio. Vão chegar jogadores desse nível?
Com a saída de Marco Aurélio e Clayton a gente precisa repor à altura. E não vai ser fácil. O Everton Heleno veio no papel e na função de segundo volante. Na frente hoje temos, adiantando o Marcos Vinícius, ele. O Erivélton é versátil, pode ser usado aberto, mas também jogando por dentro. Mas temos que buscar mais dois caras que joguem mais à frente. Quero diversificar também mais no próximo ano. Nesta temporada, nosso time, por ter jogado muito mais do que nossos adversários na Série C, foi mapeado. Então eu preciso de jogador que me dá versatilidade.
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