O São Paulo está preocupado com as seguidas lesões no elenco. O clube se movimenta internamente na busca de respostas para a situação recorrente ao longo de 2019.
Nesta temporada, 25 jogadores diferentes tiveram problemas clínicos (dores musculares, incômodos, traumas, tendinites, estiramentos, amigdalite, indisposição, concussão, entre outros), de acordo com o Espião Estatístico do GloboEsporte.com.
A questão é considerada complexa no São Paulo e incomoda, especialmente porque o time só disputa o Brasileirão desde o fim de maio, quando foi eliminado nas oitavas da Copa do Brasil. Na época, o clube liderava na média os problemas médicos entre os 20 clubes da Série A.
Mas a avaliação é de que não há uma solução simples, pois direta ou indiretamente estão envolvidos no processo: técnico, preparadores físicos, fisiologistas, médicos, fisioterapeutas e jogadores.
Nos corredores do São Paulo, diferentes fatores são considerados como possíveis influências nas lesões dos jogadores. Veja abaixo:
- Descuido de atletas: jogadores que estão com dores e não avisam o problema, ou não detectam a real região na qual estão sentindo;
- Mudanças na comissão técnica: Fernando Diniz é o quarto treinador do São Paulo no ano. André Jardine, Vagner Mancini (interinamente) e Cuca dirigiram a equipe antes. Cada um deles tem uma comissão com metodologias de treinos, cargas de trabalho e processos diferentes. O preparador físico Carlinhos Neves, por exemplo, deixou o clube em junho, após ser contratado em dezembro de 2018.
- Jogadores que chegam de outros times: o São Paulo contratou 14 atletas para 2019, entre os quais sete de times estrangeiros. Pato e Hernanes, por exemplo, estavam na China, onde o calendário é mais ameno. Cada um deles ficou fora três vezes por problemas médicos no ano.
- Diagnóstico: o caso de Pablo ficou marcado, pois o atacante inicialmente sentia dores nas panturrilhas e depois foi descoberto um cisto na região lombar. O jogador foi submetido a uma cirurgia.
Não há neste momento previsão de troca imediata de profissionais, mas sim uma avaliação dos processos.
Depois do empate por 0 a 0 com o Bahia, Fernando Diniz citou a volta de Alexandre Pato, recuperado de um estiramento na coxa direita, e defendeu o departamento médico.
– Vale ressaltar que as pessoas do departamento médico são ótimas. O doutor Sanchez conheço há muito tempo. Fisioterapeutas, fisiologia muito bom. Às vezes as lesões acontecem e a gente quer achar culpado, mas não tem culpado. Às vezes… ninguém sabe porque machuca muito ao certo. Às vezes é pelo jogador que não falou que estava sentindo, às vezes pelo treinamento. Apontar de uma maneira muito reduzida para o departamento médico acaba cometendo uma injustiça muito grande. O departamento médico do São Paulo tem profissionais muito qualificados – afirmou o treinador.
No jogo, Diniz foi obrigado a fazer as três substituições por problemas físicos: Pablo, Juanfran e Liziero sentiram. A ideia era dosar minutos no retorno de Pato, mas o atacante teve de atuar a partida inteira após quatro jogos fora.
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