O River Plate foi eliminado nas semifinais do Mundial de Clubes de 2018. Nesta terça-feira (18), o time argentino estreou na competição diante do Al Ain (Emirados Árabes), representante da casa, e perdeu nos pênaltis por 5 a 4. No tempo regulamentar, empate por 2 a 2.
Por ser o representante do país-sede, o Al Ain saiu do confronto preliminar, equivalente a um jogo único das oitavas de final, passando pelo Team Wellington (NZL). Depois, eliminou Espérance (TUN) nas quartas e River Plate nas semis.
No mesmo dia, o River disputa o terceiro lugar contra o time eliminado na outra semifinal. O jogo também acontece no sábado, mas às 11h30 (de Brasília).
Oportunismo de Borré acendeu o ataque do River Plate
O River Plate começou o jogo precisando de uma referência ofensiva que tranquilizasse o setor. E coube ao colombiano Rafael Borré assumir o protagonismo: em cinco minutos, apareceu duas vezes e virou o jogo a favor dos argentinos. No primeiro gol, contou com uma ajudinha no chute de Lucas Pratto; no segundo, recebeu a bola de Pity Martinez. Depois do intervalo, só não voltou a marcar porque parou nas boas defesas de Khalid Essa.
Pior em campo, Pinola destoou do restante do River
O Al Ain esteve em vantagem no placar nos 10 primeiros minutos de jogo. Neste período, o lateral esquerdo – atuando como zagueiro – foi negativamente fundamental. Primeiro, falhou na marcação de Marcus Berg, que marcou para o Al Ain. Depois, tomou cartão amarelo por falta no próprio sueco. Se o River conseguiu absorver o golpe inicial, certamente não foi pela ajuda do camisa 22.
Único brasileiro em campo no jogo, Caio foi um dos destaques do Al Ain nos jogos contra Team Wellington (NZL) e Espérance (TUN). No entanto, sem conseguir fazer gols nas duas primeiras partidas, entrou em campo disposto a ser mais do que o motor ofensivo da equipe.
Deu certo: depois de um primeiro tempo de poucas oportunidades, o camisa 7 – com passagem pelas categorias de base do São Paulo – cresceu na segunda etapa e chegou a seu gol. Ao mesmo tempo, não deixou de oferecer velocidade pelo lado esquerdo de sua equipe. Na decisão por pênaltis, ainda converteu o seu.
River leva susto, mas reage rápido no 1º tempo
Se alguém esperava jogo fácil para o River Plate, o Al Ain começou o jogo dando um susto: logo aos 2 min do primeiro tempo, o Al Ain abriu o placar. Após cobrança de escanteio pela direita, Marcus Berg desviou de cabeça – a bola passou entre as pernas do goleiro Franco Armani e cruzou a linha, antes que Ahmed Barman chegasse para mandar para o fundo das redes e tirar qualquer dúvida.
Só que o River reagiu rapidamente e virou o jogo. Aos 10 min, após duas boas defesas do goleiro Khalid Essa, Lucas Pratto chutou rasteiro da esquerda e contou com o desvio de Rafael Borré para empatar. Depois, aos 15 min, o próprio Borré recebeu de Pity Martínez, avançou pela direita e bateu cruzado para fazer 2 a 1.
O placar deixou o jogo mais tranquilo para o River, que passou a ser pouco pressionado. Pouco antes do intervalo, aos 46 min, Hussen El Shatat chegou a empatar, mas o árbitro italiano Gianluca Rocchi anulou o lance após consulta ao VAR, assinalando impedimento do camisa 74.
Juízo (e um pouco de sorte) ajudam o Al-Ain no 2º tempo
A reação no final do primeiro tempo parece ter acordado o Al Ain no segundo. Logo aos 5 min, Caio recebeu do japonês Tsukasa Shiotani na esquerda, invadiu a área e limpou a marcação para empatar de novo o jogo.
O gol deu novo fôlego à partida e pressionou o River. Aos 23 min, Mohamed Ahmad cometeu pênalti em Milton Casco – na cobrança, porém, Pity Martínez acertou o travessão, perdendo a chance de colocar os argentinos em vantagem. Pior para os argentinos, que viram os representantes locais no Mundial equilibrarem o duelo e criarem boas oportunidades até o fim da segunda etapa.
Segundo tempo tem ‘xadrez’ entre treinadores
O intervalo fez bem ao Al Ain. No segundo tempo, o time comandado por Zoran Mamic voltou mais veloz, chegando ao empate. O gol fez Marcelo Gallardo mexer no River Plate, colocando em campo Juan Quintero e Enzo Pérez para tentar acuar o time da casa na defesa. Ao fim, Gallardo ainda sacou Pity Martinez e colocou Ignacio Scocco em campo para a prorrogação, dando uma nova dinâmica a sua equipe.
VAR atuou também contra pênalti
Não foi apenas o gol anulado do Al Ain no fim do primeiro tempo que teve influência decisiva do árbitro auxiliar de vídeo. Aos 25 min da etapa inicial, o Al Ain pediu um pênalti após uma dividida entre Ismail Ahmed e Exequiel Palacios – o camisa 5 reclamou de um toque de mão do argentino na bola. Após consulta ao VAR, porém, a partida seguiu sem a marcação.
FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 2 (4) X 2 (5) AL AIN
Data: 18 de dezembro de 2018 (terça-feira)
Hora: 14h30 (horário de Brasília)
Local: Estádio Hazza Bin Zayed, em Al Ain (EAU)
Árbitro: Gianluca Rocchi (ITA)
Assistentes: Elenito di Liberatore (ITA) e Mauro Tonolini (ITA)
Gols: Marcus Berg, aos 2 min do 1º T (AIN); Rafael Borré, aos 10 min do 1º T (RIV); Rafael Borré, aos 15 min do 1º T (RIV); Caio, aos 5 min do 2º T (AIN)
Cartões amarelos: Javier Pinola (RIV), Hussen El Shatat (AIN), Rafael Borré (RIV), Caio (AIN), Mohamed Ahmad (AIN), Milton Casco (RIV), Nicolas de la Cruz (RIV)
RIVER PLATE: Franco Armani; Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Pinola e Milton Casco; Ignácio Fernández (Juan Quintero), Leonardo Ponzio (Nicolas de la Cruz) e Exequiel Palacios (Enzo Pérez); Pity Martínez (Ignacio Scocco), Rafael Borré e Lucas Pratto
Técnico: Marcelo Gallardo
AL AIN: Khalid Essa; Mohamed Ahmad, Ismail Ahmed, Mohamed Fayez e Tsukasa Shiotani; Mohamed Abdulrahman (Rayan Yaslem), Tongo Doumbia (Yahia Nader) e Ahmed Barman (Amer Abdulrahman); Hussen El Shatat, Marcus Berg (Bandar Al Ahbabi) e Caio
Técnico: Zoran Mamic
UOL
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