Nesta quarta-feira, o time comandado por André Jardine fez mais um jogo sofrível na temporada e não saiu de um empate por 0 a 0 com o Talleres, no Morumbi, deixando o torneio da Conmebol ainda antes da fase de grupos – os gringos haviam vencido por 2 a 0 na ida.
No estádio tricolor, a torcida encheu (mais de 44 mil presentes) e apoiou enquanto teve estômago. Cantou, vibrou, pediu faltas a todo momento, mas o time não ajudou. Nem mesmo Hernanes, craque da equipe, conseguiu fazer qualquer coisa de relevante.
Os argentinos, por sua vez, jogaram com o regulamento debaixo do braço e se defenderam como manda a cartilha, contando ainda com uma “aula de catimba” do goleiro Herrera, que ajudou o tempo a passar mais rápido.
Quando a paciência dos torcedores são-paulinos acabou, na reta final do segundo tempo, houve de tudo: pedidos pela volta do técnico Muricy Ramalho, vaias, xingamentos ao presidente Leco, gritos de “time sem vergonha”, “estou cansado de time amarelão” e “muito respeito com a camisa Tricolor” e pedidos de “queremos jogador”.
Mas foi tudo em vão, e agora resta acompanhar a Libertadores pela TV…
No próximo estágio, o Talleres pega o Palestino, do Chile, que eliminou o Independiente Medellín, da Colômbia. Quem passar deste confronto se classifica para a fase de grupos.
Pelo Campeonato Paulista, o time do Morumbi tenta juntar os cacos de mais uma decepção e volta a campo no domingo, às 19h (de Brasília), contra o Corinthians, fora de casa.
Empurrado pela torcida, o São Paulo tentou pressionar no início, mas deu de cara com um típico adversário de Libertadores: a catimba do Talleres.
O time argentino demorava “horas” para bater tiros de meta, escanteios e faltas, deixando o público impaciente no Morumbi já nos primeiros minutos.
Com Hernanes atuando como segundo volante, a equipe da casa tentava furar a parede defensiva montada pelo clube argentino, mas errava muitos passes e cruzamentos. Os visitantes, por sua vez, tentavam especular algo em contra-ataques, mas sem arriscar demais.
O time comandado por André Jardine, porém, fazia mais uma partida ruim no ano. Sem qualquer inspiração, e com Hernanes errando tudo o que tentava, o São Paulo não de um chute a gol sequer até os 30 minutos de jogo.
Aos 31, porém, veio o momento que parecia que seria o da redeção: Helinho fez boa jogada pela esquerda e deu cruzamento perfeito para Diego Souza, totalmente livre na área. No entanto, o camisa 9 cabeceo muito mal e mandou para fora, deixando todos no Morumbi incrédulos.
Na primeira, Ramírez cruzou e Moreno ia completando para as redes, mas Reinaldo travou em cima. Logo em seguida, Pochetino chegou dividindo e acabou finalizando por acidente para o gol. TIago Vilpi estava adiantado, mas, para sua sorte, a bola saiu por cima.
No último bom lance da primeira etapa, Hernanes carregou pelo meio e arriscou de fora da área. O goleiro Herrera deu o golpe de vista e só torceu, mas ela saiu ao lado do poste esquerdo.
No segundo tempo, a toada seguiu a mesma: um São Paulo totalmente sem inspiração pouco causava dano ao Talleres, que se defendia, catimbava e vez ou outra tentava algo num contra-ataque.
Vendo a pasmaceira geral, o técnico André Jardine mexeu no time aos 18 minutos: tirou Bruno Peres e Helinho e colocou Araruna e Nenê.
Só que as mudanças pouco adicionaram ao time, que seguiu jogando muito mal. O Talleres só esperava o tempo passar, enquanto os torcedores vaiavam, protestavam ou simplesmente assistiam tristes ao desenrolar do jogo no Morumbi.
Aos 35, qualquer esperança acabou depois que Everton deu uma voadora no rosto de Díaz e levou cartão vermelho direto do árbitro Roddy Zambrano.
Jardine ainda tentou uma cartada final, tirando Willian Farias e colocando o garoto Antony, mas era tarde demais. Daí em diante, os argentinos só esperaram o tempo passar para garantir a vaga.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 0 x 0 TALLERES-ARG
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo-SP
Data: 13 de fevereiro de 2019, quarta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Público: 44.737 torcedores
Renda: R$ 3.032.195,00
Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)
Assistentes: Christian Lescano e Byron Romero (ambos EQU)
Cartões amarelos: Bruno Peres, Hernanes e Everton (SAO); Herrera e Díaz (TAL)
Cartão vermelho: Everton (SAO)
SÃO PAULO: Tiago Volpi; Bruno Peres (Aruruna), Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Willian Farias (Antony), Hernanes e Diego Souza; Helinho (Nenê), Pablo e Everton Técnico: André Jardine
TALLERES: Herrera; Godoy, Tenaglia, Komar e Díaz; Guiñazú, Cubas, Pochetino (Gandolfi) e Ramírez; Palacios (Cáceres) e Moreno (Valoyes) Técnico: Juan Pablo Vojvoda
ESPN
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