A dinâmica do acidente provocado por Nico Hulkenberg na largada do GP da Bélgica de 2018 foi muito semelhante à da batida múltipla causada por Romain Grosjean no mesmo ponto, em 2012. No entanto, o alemão não recebeu uma punição semelhante à do francês, que naquela ocasião foi suspenso por uma corrida depois de voar sobre o cockpit de Fernando Alonso em Spa. Em vez de se ausentar da corrida, Hulk vai perder dez posições no grid do GP da Itália. Tudo por conta do sistema de “pontos na carteira” vigente atualmente na F1.
Novamente vítima de uma largada atribulada em Spa, assim como ocorrera no GP da Bélgica de 2012, Fernando Alonso defendeu a suspensão de Hulkenberg, similar à aplicada a Grosjean.
– Você vai com segurança, freia no ponto certo e aí olha no retrovisor e vê os caras de trás pensando que essa é a última curva do campeonato. Este tipo de erro, nas largadas e com grandes consequências, deveriam ser tratados de forma mais rigorosa – reclamou Alonso.
No entanto, o piloto da Renault foi “salvo” pelo regulamento em vigor desde 2014: Além de perder posições no grid da próxima corrida, teve três pontos anotados em sua licença. Um competidor só pode ser suspenso caso alcance 12 pontos no período de um ano.
– Considero que foi claramente culpa de Nico, e ele se assumiu totalmente culpado, até porque destruiu a corrida de três ou quatro carros. Acredito que (os comissários) observaram a similaridade com o acidente causado por Romain em 2012. Aquele foi, de fato, o episódio que deu origem ao sistema de punições por pontos – frisou o diretor de provas da Fórmula 1, Charlie Whiting, à Autosport.
G1
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