O técnico Aliou Cissé, do Senegal, é um dos destaques entre os treinadores da Copa do Mundo de 2018.
Único treinador negro e dono do menor salário entre 32 comandantes, ele faz uma boa campanha na Rússia.
Na quinta-feira (28), diante da Colômbia, ele podia conquistar a classificação às oitavas de final do Mundial da Rússia.
Se agora Cissé pode alcançar glórias como técnico, em 2002 ele vivia um das melhores campanhas da história do futebol africano nas Copas.
Naquele ano, porém, não foram só alegrias que viveu o senegalês.
Tragédia familiar
Há 16 anos, três meses após o maior momento de sua carreira — quando foi capitão de sua seleção na Copa de 2002 —, Cissé viu sua família passar por uma tragédia, como informou o The Guardian, da Inglaterra — onde o senegalês atuou quando jogador.
Em setembro daquele ano, uma embarcação superlotada afundou ao longo da rota Ziguinchor, em Casamance, no caminho para Dacar, a capital de Senegal. Ao menos 1.893 pessoas morreram na tragédia da balsa Le Joola, um dos maiores desastres navais da história. Entre as quase 1.900 pessoas, 11 eram da família do então jogador.
Cissé organizou um jogo de caridade entre Senegal e Nigéria — países com maior número de perdas — em homenagem às vítimas do naufrágio. Ele doou cinco mil libras de seu próprio bolso às famílias mais prejudicadas pela tragédia.
Campanha de 2002
A seleção senegalesa chegou à Copa de 2002 correndo por fora. Em um grupo com França e Argentina, o time africano era tido como um ‘azarão’ no torneio.
A vitória na estreia diante dos franceses, atuais campeões do mundo e da Europa, mostrou que os senegaleses não estavam a passeio na Ásia.
Comandados pelo capitão Cissé, eles seguiram a caminhada e avançaram de fase até as oitavas, quando eliminaram a Suécia na prorrogação.
Nas quartas de final, diante da Turquia, caíram após uma derrota por 1 a 0.
A campanha em 2002, junto de Camarões em 1990 e Gana em 2010, esteve entre as melhores campanhas de uma seleção africana na história das Copas do Mundo.
R7
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