Era de se imaginar, depois da forte rejeição inicial nas redes sociais a seu nome, que Mano Menezes chegasse bem preparado para a apresentação no Palmeiras. Mas o treinador foi além – e muito bem – no cuidado com a imagem que passou à torcida na última quinta-feira.
A começar pela roupa com que chegou à sala de imprensa da Academia de Futebol. Ao contrário, por exemplo, da calça social e paletó de Luiz Felipe Scolari em 2018, o modelo escolhido pelo novo técnico foi o conjunto de inverno do próprio clube. Uma calça e um agasalho.
Mano também escolheu o número da camisa que receberia antes da entrevista coletiva. Pediu a 9, de propósito: aproveitaria para brincar e se descolar da fama de retranqueiro ou de que não gosta de jogar com centroavantes, como aconteceu com Fred no Cruzeiro.
– Normalmente, seria volante ali, o 5. Zagueiro, não? – levantou a bola, o diretor de futebol, Alexandre Mattos.
Treinamento prévio
A escolha de palavras e expressões também não foi ao acaso. Em determinada resposta, Mano fez questão de citar o Palmeiras como “o maior campeão do Brasil”, slogan atual do clube, em referência aos títulos nacionais.
Também falou com alguma propriedade sobre as equipes vitoriosas que nas décadas de 1960 e 1970 ficaram conhecidas como Primeira e Segunda Academia.
Soma-se ao jeito já característico de fala calculada, medindo o que se diz, o treinamento prévio feito pelo departamento de comunicação do Palmeiras juntamente com sua própria filha e assessora de imprensa, Camilla Menezes, na noite anterior e na manhã de quinta-feira.
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