Fim da entrevista coletiva no estádio George Capwell. A vitória de virada por 2 a 1 é um alívio para todos os rubro-negros. Próximo de Diego Alves, Paulo César Carpegiani para e atende a reportagem do GloboEsporte.com.
À moda antiga e sem grandes rodeios, falou em alto e bom som sobre as ideias para o time – como fizera antes, ainda no estádio Monumental ao revelar a escalação, sem mudanças na base titular – sobre a atuação de Jonas e se pensava em mantê-lo no meio de campo do Flamengo.
– Continua no time, sim. Existe esse déficit ali (no meio de campo) e estou plenamente satisfeito com Jonas. Então, ele vai ter esse continuidade. Pode melhorar muito mais, tem mais futebol até para apresentar. Estou muito seguro e tranquilo. Porque ele me transmitiu tudo isso, essa segurança. Não tenho nada a fazer, a não ser manter. Tenho que ser justo com meus jogadores. E joga quem realmente for melhor – comentou Carpegiani à reportagem, antes de voltar ao hotel do Flamengo.
– Eu chamei ele e disse isso. Disse que se tivesse atuações convincentes, ele poderia ter essa manutenção. A oportunidade para ele foi, justamente, causada pelo próprio Cuéllar no ano passado (refere-se à suspensão). E ele está aproveitando muito. Ao aproveitar essa oportunidade com essa demonstração de futebol, por enquanto, vai ter essa manutenção. Não tenha dúvida nenhuma.
Se Jonas ganhou a vaga com grande atuação contra o Emelec, em Guaiaquil, o que dizer de Vinicius Junior, decisivo na virada sobre os equatorianos. Mais cauteloso, o treinador, pela primeira vez, admitiu que falta muito pouco para Vinicius entrar no time e não sair mais.
– Já falei. Tenho uma vaga. Ele está entrando (na vaga) e está esperando o momento da sua efetivação. Em questão de tempo, o Vinicius é titular da equipe – afirmou o treinador do Flamengo.
Jonas: “Se não for firme, os caras te atropelam”
Na saída do jogo, Jonas falou com a reportagem do GloboEsporte.com. Para ele, nada muda se ganhou a vaga ou não. O discurso é sério como seu futebol. Como na Libertadores que disputa pela primeira vez.
– Não sei ainda (se sou titular), tenho que trabalhar e sempre que ele precisar de mim vou dar meu melhor e vou procurar a cada dia evoluir – disse Jonas.
Para o jogador, o espírito de Libertadores – com muita raça, entrega e concentração – igualou a vantagem do Emelec, que jogava em casa com o estádio lotado.
– Se não for firme, os caras te atropelam. Não tem bola perdida, é disputa, raça, dividida, com lealdade. Dentro de campo acho que não tem que ouvir nada. Estava concentrado na partida. Ali dentro é 11 contra 11, só ouvia os 22. Num jogo desse, quem lutar mais, quem brigar mais vai ganhar a disputa e sair com grande resultado.
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