Um bom gestor é aquele que consegue combinar ações pedra e cal com as de carne e osso. Um líder, para assim se chamado, precisa ouvir e se fazer ouvir, mas, sobretudo e antes de tudo, precisa ser exemplo a espelhar os demais, não só com palavras, mas atos e ações. Tais considerações são fundamentais na medida em que o presente escrito cumpre a missão de avaliar a disputa pela Ordem dos Advogados do Brasil., Seccional Paraíba, justamente no momento em que advogados e advogadas paraibanas vão às urnas eleger aquele que os liderará pelos próximos três anos.
A peleja, e não poderia ser diferente, é bastante disputada por três importantes nomes da advocacia paraibana, detentores de trajetórias profissionais elogiáveis, mas com perfis bastante diferentes, razão pela qual urge uma reflexão acerca da trajetória de vida e profissional dos postulantes nessa reta final para o pleito.
Na tentativa da renovação do mandato, embora tenha prometido o contrário na campanha, inclusive com o compromisso público perante os pares, Paulo Maia tenta apresentar um saldo muito aquém daquilo que realmente representou ao longo dos 3 anos. Com uma gestão muito mais personalista que qualquer outra coisa, suprimindo o festival de selfies e vídeos para as redes sociais, o que sobra é muito pouco ou quase nada dos quase 36 meses de OAB sob o comando do professor, o que prova a máxima de que nem sempre discurso e prática andam juntos.
Também militante do magistério, embora com atuação marcante na vida judicante, Sheyner Asfora é o tipo do candidato que os marqueteiros adoram trabalhar (e dominar). Dedicado, obediente e superficial, Sheyner é o exemplo mais eloquente de como não se deve fazer campanha para uma entidade da envergadura de uma OAB. Em compasso de samba com uma nota só, Sheyner tem dado muita bola fora e o resultado das urnas comprovará que eleição de OAB não pode e nem deve ser feita utilizando as mesmas notas e métricas da política partidária.
Para falar sobre Carlos Fábio, primeiro, por dever de justiça, é preciso destacar o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 6 anos à frente da Caixa de Assistência dos Advogados da Paraíba. Com ele, inegavelmente a entidade, que cumpre um relevante papel na estrutura orgânica da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), funcionando como braço social da entidade, embora com autonomia financeira e administrativa, escreveu uma nova história perante advogados e advogadas.
Sob o comando de Carlos Fábio, a Caixa de Assistência transformou-se numa verdade ilha de serviços, com ações e iniciativas nas mais diferentes áreas, do suporte ao profissional da advocacia com os núcleos digitais distribuídos em todas as subseções paraibanas ao bem sucedido calendário de vacinação, que imunizou mais de 6 mil advogados e advogadas nos últimos anos. Com foco no cuidado e na atenção aos advogados e advogadas da porta de fora de fóruns, escritórios e tribunais para suas casas, Carlos Fábio abriu um Clube de Serviços que oferece descontos e vantagens nos mais diferentes segmentos comerciais, e promoveu ações de vulto nas áreas culturais e esportivas, sem esquecer, claro, das bandeiras políticas em favor dos seus pares.
Num exercício de comparação, fundamental numa democracia representativa, a análise em tempo de decisão precisa levar em conta todos esses fatores. Não há dúvidas de que a Ordem precisa dar um passo adiante e adotar um modelo que faça diferente e melhor. Se a Caixa dos Advogados pôde fazer tudo que fez com apenas 20% das contribuições dos profissionais da advocacia convertidas por meio de suas respectivas anuidades, não é exagero vislumbrar que sob o comando de Carlos Fábio a OAB pode fazer muito mais que tem feito.
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