O debate em torno da sucessão municipal ganha seus primeiros contornos e já é possível perceber aqui e alhures as primeiras movimentações das lideranças políticas diante de um processo que só deve ganhar mais corpo e ritmo depois do carnaval, que é quando o calendário nacional começa de verdade no país, infelizmente. Até lá, podem anotar, quase ou absolutamente nada deve acontecer de concreto, a não ser as especulações de um pequeno grupo de pessoas, formado boa parte da própria classe política e de setores da mídia (aí incluindo a imprensa), inteligentemente apelidada pelo amigo e sócio, Alek Maracajá, de ‘bolha’.
As duas principais cidades e também maiores colégios eleitorais da Paraíba, João Pessoa e Campina Grande, são exemplos eloquentes de que as coisas só devem acontecer de verdade e pra valer depois da folia de momo. A despeito da ansiedade fazem muito de mais que natural e até compreensível da chamada ‘bolha’, os prefeitos Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues não parecem nem um pouco preocupados em definir nada agora e o fazem muito bem, porque, como diz o ditado jurídico, “quem tem prazo não tem pressa”.
Na Rainha da Borborema, Romero ensaia os primeiros passos, projeta cenários e prepara o discurso que norteará a escolha de quem seguirá adiante o projeto que implementou na segunda maior cidade do estado.
Em João Pessoa, o diapasão não é diferente. Com uma gestão muito bem avaliada, responsável pelo desenvolvimento de ações, obras e serviços em todos os bairros da cidade, e um desempenho pessoal que o coloca como principal fiador do maior colégio eleitoral da Paraíba, Luciano Cartaxo sabe não apenas que tem tempo para escolher, mas de não errar na escolha do nome que pode fazer avançar por mais quatro anos o ‘modelo de gestão’ que vem empreendendo.
Por isso mesmo, como enxadrista, observa a movimentação dos adversários e aliados de hoje e de amanhã, tudo de forma cuidadosa, com parcimônia e inteligência.
A verdade é que Cartaxo joga o jogo com o ‘regulamento’ debaixo dos braços e calendário sob seu controle, daí não querer pressa, porque sabe que a bola só rola mesmo quando colocar o time em campo. Cristão, católico, o prefeito pessoense deve apreciar muito o livro de Eclesiaste, especialmente o capítulo três, que, de forma preambular, ensina “Tudo tem a sua ocasião, e há tempo para todo propósito debaixo do céu…”
Enquanto não chega a hora para entrar em campo, Luciano vai ditando o tom da competição, conversando com os aliados, buscando entendimento, dialogando e, claro, pavimentando o caminho daquele ou daquela que entrará em ‘campo’ para buscar o tricampeonato na Capital de todos os paraibanos.
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