Hoje quero falar sobre a vida de um homem simples, que nenhuma oportunidade teve de estudar, que precisou começar a trabalhar aos sete, oito anos de idade para ajudar os pais na agricultura, que saiu de Curimataú, distrito de Pilar, aqui próximo de João Pessoa, aos 16 anos de idade, sem nenhuma perspectiva, e que foi à luta, superou limites, ultrapassou barreiras, enfrentou provações e que encarou todo tipo de dificuldade.
Esse homem foi agricultor, garçom, caixa de lanchonete, gráfico, servidor público, casou, comprou sua casa própria, criou e educou seus dois filhos, colocou o próprio negócio e, ao final de tudo, venceu!
A história do meu pai renderia um livro, como vez por outra dizia, e é a trajetória de um homem bom, trabalhador, honesto, que errou e acertou muito na vida como qualquer um, e que é orgulho para nós, seus filhos, sua família.
Nossa vida nunca foi fácil. Também tivemos uma vida simples, assim como a do meu pai. A comida na mesa, a roupa de vestir, os livros e cadernos para o estudo sempre foram essenciais para ele. “Quero que vocês tenham o que nunca tive, a chance de estudar e crescer na vida”, dizia ele sem se dar conta que já era um vencedor.
Pois bem, seu Ivan, ‘Meu Santo’, acima de tudo, meu pai, saiba que temos muito orgulho de sua vida e da travessia que fizemos juntos. O senhor vai ao encontro de nossa mãe, a sua Cenilda, que certamente o espera no Céu, mas nossa família segue por aqui enquanto aguardamos reencontrá-los, porque cremos no Deus que sabe de todas as coisas, no Senhor que nunca nos abandona, no Pai amoroso e misericordioso, e que, no seu tempo, “Ele enxugará dos olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apocalipse 21:4).
Que o Senhor o receba de braços abertos para uma nova travessia, agora com Ele e para Ele, meu amado pai. Deus o abençoe!
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