A assinatura dos contratos para construção de três hotéis e um parque aquático no Polo Turístico do Cabo Branco, com expectativa de geração de 10 mil empregos, é um marco histórico e profundamente relevante, mesmo em meio ao cenário desalentador e de profundas incertezas geradas pela pandemia da Covid-19. O anúncio feito, esta semana, pelo governador João Azevêdo também pode ser interpretado como uma clara sinalização para o futuro, embora o projeto tivesse adormecido no passado e em sucessivas administrações.
Para quem não sabe ou mesmo não conhece a história por inteiro, o projeto que o atual governador paraibano finalmente coloca em curso é o de maior envergadura em toda a história do nosso turismo. Pouco mais de trinta anos depois, a iniciativa que brotou ainda no governo de Milton Cabral, com o lançamento de projeto ‘Costa do Sol’, depois transformado em ‘Polo Cabo Branco’, por Tarcísio de Miranda Burity, que produziu as primeiras ações estruturantes, e sequenciado no governo Maranhão II, com a PB-008 rodovia, interligando todo o Litoral Sul, incluindo os municípios do Conde e Pitimbu, pode representar uma mudança de paradigma no contexto econômico da Paraíba, com a perspectiva real de expansão de negócios e oportunidades da atividade turística na região metropolitana de João Pessoa.
A viabilização desses três primeiros projetos para três hotéis e um parque aquático no local é, sem sombra de dúvidas, um verdadeiro bálsamo para paraibanos e paraibanas tão desalentados por tudo que tiveram de enfrentar em 2020, especialmente diante da expectativa de que sejam gerados cerca de 10 mil empregos com todo esse conjunto de investimentos.
E o horizonte não poderia ser mais azul. Para se ter uma ideia, durante a construção dos equipamentos, serão gerados 1.850 empregos diretos e 2.760 empregos indiretos, totalizando 4.610 postos de trabalho. Já durante a operação dos equipamentos, serão gerados 1.277 empregos diretos e 3.410 empregos indiretos, gerando trabalho para 4.687 pessoas.
A construção do Ocean Palace Jampa Eco Beach Resort deve ser iniciada em seis meses. Além do resort, o Amado Bio & Spa Hotel e o Parque aquático e resort Surf World Park também devem se instalar no local. Juntos, eles somam 1.491 leitos, um incremento de 12% na quantidade de leitos de hotéis existentes em João Pessoa.
A expectativa é de que haja um fluxo de 2,5 milhões de hóspedes por ano, o que equivale a um crescimento de 200% no fluxo de turistas em relação a 2019. Considerando o gasto médio dos hóspedes, seriam cerca de R$ 2 bilhões por ano injetados na economia paraibana.
Tudo isso representa um grande salto, o mais importante da atividade turística, e, certamente, um marco para a economia paraibana, que poderá atravessar um ciclo virtuoso de crescimento, com a geração de novos empregos, novas oportunidades de negócios, uma transformação a colocar o estado noutro patamar e pronto a competir com outros estados, seja do ponto de vista de destino ou mesmo como centro a abrigar novos equipamentos e investimentos não apenas no setor de turismo, mas, como de resto, em boa parte da cadeia de serviços.
Trata-se, portanto, de um projeto que promete recuperar o tempo perdido, impulsionar a atividade turística como nunca e reposicionar a Paraíba no cenário econômico nacional.
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