O debate sucessório da OAB, Seccional Paraíba, começa a ganhar corpo e forma a partir de nomes que começam a despontar no cenário da advocacia paraibana, que vai às urnas no final do próximo semestre para eleger àquele que conduzirá os destinos de mais de duas dezenas de advogados e advogadas paraibanas. Mais uma vez, assim como nos pleitos anteriores, o debate em torno da inserção do advogado jovem ou em inicio de carreira deve ocupar lugar de destaque nos discursos e encetar narrativas dos postulantes à sucessão da cadeira do atual presidente, Paulo Maia, que caminha para concluir seu segundo mandato à frente da entidade.
A chamada jovem advocacia, sempre cortejada por mensagens eleitorais, a maioria de cunho eleitoreiro e adornadas por sinuosas peças publicitárias, cujas propostas quase sempre esquecidas ao deslinde de cada certame, deve contar com um ilustre representante na disputa e disposto a sepultar discursos vazios e promessas carcomidas.
Aos 36 anos de idade e um protagonismo precocemente adquirido pelos próprios méritos, fruto de uma trajetória de vida marcada pela superação de limites e gigantismo profissional, Raoni Vita diz estar pronto para disputar, vencer e escrever uma nova história na OAB Paraíba. “Precisamos de uma instituição que seja defensora de causas, e não comentarista de casos; não necessitamos de discursos motivacionais vazios, mas de ações reais para que possamos ser protagonistas na saída deste momento tão difícil”, afirma.
Raoni é jovem, mas há muito está na trincheira de luta da advocacia. Advogado militante, Raoni já foi vice-presidente da OAB e rompeu, ainda no primeiro mandato de Paulo Maia, por discordar de uma série de questões, a começar pelo viés personalista pouco ou nada produtivo para a classe, algo bem típico das velhas práticas políticas tão abominadas pela sociedade que clama por algo novo, diferente de tudo que aí está e que possibilite novos horizontes e perspectivas de futuro.
Neste sentido, até por sua juventude e experiência acumulada no cotidiano da militância advocatícia, Raoni entende que o que deve prevalecer não são os interesses menores de quem quer que seja, mas a política (com P maiúsculo) que defenda as bandeiras e as verdadeiras aspirações de advogados e advogadas, ávidos por respostas às suas reais dificuldades.
Diante de problemas históricos e recorrentes, como a falta de oportunidade para o advogado jovem ou em inicio de carreira, a advocacia também se vê diante de novos desafios, boa parte deles agravados pela pandemia, daí a preocupação de jovem advogado em promover um diálogo maior e horizontal com a classe. Para tanto, Raoni tem utilizado multiplataformas de canais nas redes sociais e ancorado o projeto ‘OAB pode mais’. “Sempre fui um ardoroso defensor das causas da advocacia, simplesmente nunca quis ser outra coisa na vida, a não ser advogado. Temos muitos problemas a discutir e estou disposto a enfrentá-los, com coragem, força e determinação”, garante.
Após eleger dois professores nos últimos 12 anos, a OAB pode, pela primeira vez, consagrar nas urnas um legítimo representante da chamada jovem advocacia. E Raoni, que traz no sangue a coragem de quem não foge às lutas, está mais que disposto a materializar discurso em prática e protagonizar essa nova página na história da OAB Paraíba.
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