Risco é de novas interferências na Receita
O grande risco agora é o governo querer aproveitar que tirou o Cintra e tirar outros integrantes da Receita Federal, técnicos de carreira, por pressões políticas. O temor vem das declarações de Bolsonaro de que sua família era perseguida pela Receita e da tentativa de interferência na chefia do órgão no Rio, especialmente no porto de Itaguaí.
Em qualquer órgão pode haver reestruturação. Isso é natural. O que não pode acontecer é troca de servidores em postos estratégicos apenas para atender a determinação política.
A oportunidade agora será criada se o governo aproveitar esse momento e acertar o passo na reforma tributária. Há várias frentes de trabalho. Uma delas é negociar o Imposto sobre Valor Agregado. Com essa proposta entregue pelos governadores, já são três projetos que estão no Congresso.
Só falta mesmo o governo apresentar formalmente suas ideias. Tem que negociar com os estados e municípios para a inclusão do ICMS e do ISS. O governo precisa dizer também se pretende mesmo criar o imposto sobre dividendos, baixar o Imposto de Renda das empresas, acabar ou diminuir as deduções da pessoa física.
Tudo isso foi falado pelo próprio ministro Paulo Guedes, mas ainda não foi apresentado formalmente um projeto de reforma tributária para se saber exatamente o que o governo Bolsonaro pensa em fazer com os impostos.
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