A Agência Estadual de Vigilância Sanitária da Paraíba confirmou para a tarde desta quinta-feira (17) a realização do I Meeting Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente da Agevisa. O encontro faz parte da celebração ao Dia Mundial de Segurança do Paciente (17 de setembro) e será realizado no horário das 14 às 16 horas, no Canal do YouTube da Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB). O tema central contempla uma avaliação das práticas de segurança do paciente na Paraíba.
Destinado especialmente aos administradores e funcionários dos serviços de assistência à Saúde de todo o Estado, o encontro será aberto ao público em geral, segundo confirmou a coordenadora estadual de Segurança do Paciente e gerente-técnica de Inspeção e Controle de Sangue e Hemoderivados da Agevisa/PB, Vívian de Oliveira Lopes, que fará uma explanação avaliativa das práticas de segurança do paciente na Paraíba.
“A Segurança do Paciente consiste em um dos seis atributos da qualidade do cuidado, e vem sendo amplamente discutida em todo o mundo tendo em vista sua importância para os pacientes, seus familiares, visitantes, cuidadores, e também para os gestores e profissionais de saúde comprometidos com uma assistência segura”, explica Vívian Lopes. E acrescenta: “Entende-se por segurança do paciente a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde”.
Caso de sucesso – O I Meeting Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente da Agevisa incluirá a apresentação de um caso de sucesso relacionado ao Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, de Campina Grande/PB, a ser exposto pela coordenadora do Núcleo de Segurança do Paciente, Talita Falcão, e contará com as participações especiais da gerente de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde da Anvisa, Magda Machado de Miranda Costa, e do presidente da Sociedade Brasileira para Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente, Victor Grabois.
Também está confirmada a participação da professora-doutora em Medicina e Saúde e Especialista Internacional em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, Almerinda Luedy, que é coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Gestão da Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, do Instituto de Ensino de Salvador, no Estado da Bahia.
Indicadores – Na edição desta quinta-feira (17) do informativo Momento Agevisa, veiculado dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara (AM-1110 e FM-105.5), a coordenadora estadual de Segurança do Paciente Vívian Lopes informou que as considerações sobre as práticas de segurança do paciente na Paraíba serão feitas a partir de 21 indicadores estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dentre os indicadores destacam-se as seguintes exigências: Núcleos de Segurança do Paciente instituídos; Planos de Segurança do Paciente e Protocolos de Prática de Higiene das Mãos, de Identificação do Paciente, de Cirurgia Segura, de Prevenção de Lesão por Pressão e de Prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico implantados, e regularidade da notificação mensal de indicadores de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), assim como de Consumo de Antimicrobianos em UTI Adulto.
“Os resultados da avaliação da Paraíba permitem um diagnóstico das práticas de segurança do paciente no Estado, envolvendo a avaliação de indicadores de estrutura e processo baseados na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n° 36/2013, da Anvisa, que dispõe sobre as ações de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde. A partir das informações coletadas, estas podem definir e guiar ações sanitárias nos níveis local e nacional”, explicou Vívian Lopes. Ela acrescentou que a avaliação das práticas consiste em uma das ações previstas no Plano Integrado para a Gestão Sanitária da Segurança do Paciente em Serviços de Saúde, publicado em 2015 e atualizado em 2019 pela Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES), da Anvisa.
A iniciativa tem a finalidade de reduzir a ocorrência de Eventos Adversos em serviços de saúde, e também de integrar as ações de Segurança do Paciente dentro do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Além disso, se constitui numa importante estratégia de promoção da cultura da segurança, da gestão de riscos, do aprimoramento da qualidade e da aplicação das boas práticas em serviços de saúde do País. Nesse contexto, segundo Vívian Lopes, os Eventos Adversos são um indicador da distância entre o cuidado ideal e cuidado real, sendo o enfrentamento deste problema um desafio para a qualidade dos serviços de saúde.
“Durante o I Meeting para Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente da Agevisa, serão apresentados os resultados da Paraíba diante de cada indicador que serve como critério de avaliação, como também a lista de hospitais com leitos de UTI e Centros Cirúrgicos que foram classificados como Alta Adesão no ano de 2019, conforme dados divulgados em janeiro deste ano de 2020 pela Anvisa”, informou a coordenadora.
Visando à total adesão dos serviços paraibanos de atenção à saúde à cultura de segurança do paciente, a Coordenação Estadual de Segurança do Paciente da Agevisa, segundo Vívian Lopes, presta apoio técnico e auxílio aos serviços de saúde no preenchimento do formulário de avaliação vigente e investe no trabalho continuado de estímulo à adesão das boas práticas e à criação de uma cultura de qualidade do cuidado e segurança do paciente que beneficie toda a população usuária do Estado da Paraíba, seja ela atendida pela rede pública, privada e/ou filantrópica.
Debate ampliado – O Dia Mundial de Segurança do Paciente foi instituído com a finalidade de ampliar o debate sobre um tema que merece atenção especial em todos os dias do ano: a adoção de medidas por parte dos profissionais de saúde para reduzir a um mínimo aceitável a ocorrência de eventos adversos relacionados à assistência à saúde.
Durante o processo de atendimento, depois de os pacientes serem acolhidos em face de outras doenças, é comum em todo o mundo que pessoas sejam acometidas de Eventos Adversos Relacionados à Assistência à Saúde, que figuram entre as maiores causas de morte no mundo e atingem entre sete a dez por cento das pessoas hospitalizadas, com maior incidência em países subdesenvolvidos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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