A BraisCompany, autointitulada “maior gestora de cripto ativos da América Latina”, pode ter funcionado até aqui como uma espécie de grande ‘lavanderia’, responsável por lavar recursos financeiros de empresários e agentes públicos não apenas daqui, mas, também, alhures.
Fundada por Antônio Neto Ais e a sua mulher, Fabrícia Campos, que até 2018 empreendiam sem muito sucesso no ramo do marketing multinível, no qual empresas como i9Life, Hinode e Mary Kay, a ponto da esposa do dono da companhia ter que recorrer ao Bolsa Família, tendo recebido, entre junho de 2014 a setembro de 2019, mais de 15 mil reais pelo programa social para famílias de baixa renda, a empresa oferecia ao investidor a compra de criptomoedas que seriam alugadas, por no mínimo um ano, para a financeira operar no mercado.
Por meio desse trade, a Braiscompany prometia devolver mensalmente um rendimento de 8% a 10% para seus clientes, o que é considerado, no mínimo, “nebuloso” para quem entende do riscado.
Pois bem, como é que, em tempos de hoje, pessoas em sã consciência, inclusive empresários renomados, entregam mais de BILHÃO de reais na mão de uma única pessoa por meio de uma “estratégia” que prometia “milagres econômicos”?
Claro que não tinha só inocente nessa ‘estória’. Tem, e como tem, gente muito esperta e as primeiras investigações já apontam para algo muito mais complexo e escambroso, que está prestes a ser revelado por autoridades investigativas.
É aguardar as cenas dos próximos capítulos. Por enquanto a empresa culpa a corretora de criptomoedas Binance pelos problemas e pede paciência, mas não apresenta perspectivas de solução. A agitação causada pela crise interna catalisou as suspeitas que rondam a Braiscompany desde a sua fundação Os Ministérios Públicos da Paraíba e de São Paulo apuram a possibilidade de esquema de pirâmide disfarçado de investimentos em criptomoedas.
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