O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), durante uma fiscalização no Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, nesta quarta-feira (13), confirmou a denúncia de pacientes e da imprensa de que há superlotação na unidade. No entanto, a Secretaria de Saúde da Paraíba rebateu e disse que “todas as áreas do hospital estão funcionando em conformidade”.
CRM
De acordo com o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa, há falta de vagas para a internação de crianças que estão procurando o hospital.
“O Arlinda Marques é referência no atendimento de média e alta complexidade para crianças e adolescentes. Os casos mais simples, de baixa complexidade, deveriam ser atendidos no hospital municipal do Valentina Figueiredo. Ainda não sabemos porque esta unidade municipal não está internando os pacientes e encaminhando todos para o Arlinda Marques.”, disse o diretor de fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.
Ele ressaltou que a presidência do CRM-PB vai convidar os secretários de saúde municipal e estadual, além dos diretores do Arlinda Marques e do Valentina Figueiredo para uma reunião, onde buscará uma alternativa “para o impasse e que não prejudique ainda mais a população”.
SES-PB
Em nota, a Secretaria de Saúde da Paraíba rebateu e disse que “todas as áreas do hospital estão funcionando em conformidade, com profissionais presentes, tanto profissionais médicos quanto profissionais de outras categorias da saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais e todos os demais”.
Ao Portal Correio, a assessoria informou que “o hospital hoje está com a sua capacidade instalada plenamente utilizada e, ao mesmo tempo, dentro do ambiente da urgência e emergência, a partir da implantação de estratégias adotadas desde o ano de 2016 e aprimoradas a partir de dezembro de 2018 considerando a classificação de risco, segurança do paciente e regulação, já vive uma situação mais confortável de atendimento e acolhimento dos pacientes”.
Denúncias
Mães de crianças atendidas pelo Hospital Arlinda Marques, que pertence à rede estadual de Saúde e fica em João Pessoa, gravaram vídeos denunciando a falta de atendimento digno aos pacientes da unidade. Entre as irregularidades estão banho de crianças em pia e a divisão de uma maca hospitalar por quatro bebês.
Procurada pelo Portal Correio, a assessoria da Secretaria de Saúde analisou o caso como “pontual” e “inaceitável”. Além disso, disse que o hospital irá averiguar a situação e tomar as providências cabíveis, e emitiu nota dizendo que o hospital “em nenhum momento nega atendimento à população, mesmo para casos que devem ser atendidos pela rede de atenção básica, como resfriados e viroses”.
Trauminha
A partir desta quinta-feira (14), um dos blocos cirúrgicos do Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio Burity – Ortotrauma, conhecido como Trauminha, vai ser interditado, por problemas pontuais. A interdição, foi resultado de uma fiscalização do CRM no hospital, nesta terça-feira (12), em que foram identificados problemas no bloco cirúrgico, como buracos no teto, infiltrações, ferrugem e mofo. A direção do hospital informou que em poucos dias será resolvido.
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