O líder do Democratas na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), assegurou que apoia o processo civil aberto pelo Ministério Público Federal contra o banco americano BNY Mellon, com a finalidade de conseguir ressarcimento de R$ 8,2 bilhões ao fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, e seus beneficiários.
“É mais do que justo, dado que as irregularidades cometidas pelo banco resultaram num prejuízo gigantesco aos fundos de pensão”, argumentou o parlamentar.
Efraim Filho foi presidente da CPI dos Fundos de Pensão na Câmara dos Deputados, cujo trabalho auxiliou as investigações policiais – especialmente a Operação Greenfield – sobre as fraudes na gestão dos fundos de pensão. Na ocasião, o líder afirmou que “os fundos de pensão tinham uma regulação confusa, pouca transparência e uma governança frágil, com grande vulnerabilidade”.
De acordo com a ação, o banco, que era a única administradora financeira dos recursos financeiros do Postalis, “praticou atos irregulares que dilapidaram o patrimônio do Postalis e obrigaram os participantes a arcar com uma contribuição extraordinária de 25,98% (além da ordinária de 9%) por 180 meses”. O MPF sustenta que “os investimentos e atos irregulares realizados pela ré em nome do Postalis são a causa da situação deficitária e de verdadeira calamidade financeira em que se encontra o fundo de pensão”.
“Costuma-se dizer que a conta da corrupção é paga pela sociedade”, disse o líder Efraim. “Mas, no caso do fundo de pensão, esse preço vem descontado no contracheque de aposentados e pensionistas”, lamentou.
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