A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, que resultou na Operação Calvário, responsável pela prisão de 11 pessoas ligadas a Cruz Vermelha Brasileira e Ipcep , traz revelações surpreendentes em relação a atuação nos hospitais na Paraíba. Segundo a denúncia oferecida na 42ª Vara Criminal no Rio de Janeiro, a ação do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, com relatórios que apontavam pagamentos superfaturados e ausência de comprovação de prestação do serviço ou entrega de produtos, não intimidou a continuidade da ação no estado.
“Realização de pagamentos superfaturados e/ou dissociados da correspondente e proporcional contraprestação, amparados em notas fiscais emitidas a pretexto da prestação de serviços por parte das empresas pré-selecionadas. Note-se que, mesmo com a atuação de órgãos de controle como o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba apontando há anos casos de superfaturamento envolvendo empresas subcontratadas pela CVB-RS, o desvio de recursos públicos através desse expediente somente se agravou com o decorrer do tempo”, revela denúncia.
A Cruz Vermelha Brasileira administra o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa desde julho de 2011, primeiro ano da gestão do governador Ricardo Coutinho, grande incentivador de colocar ‘Organização Social’ para gerenciar unidades hospitalares no estado da Paraíba.
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