No último dia 7 de fevereiro, a Fundação Casa de José Américo (FCJA) realizou a sua primeira Feira Agroecológica. A ideia era fazê-la toda primeira sexta-feira do mês – mas o sucesso foi tal, que a feira passou a acontecer todas as sextas-feiras. Um mês depois, a avaliação não poderia ser melhor: a feira já é considerada a segunda melhor em vendas, dentre as feiras fixas da Secretaria Executiva de Economia Solidária (Sesol), vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Humano (Sedh).
A novidade dessa sexta (06) foi o início do Projeto Chapéu de Choro, com o duo Sete por Oito, formado por Luiz Humberto (violão de sete cordas) e Luizinho Calixto (sanfona de oito baixos). Das 7h às 9h, a dupla tocou choros, xotes, MPB, boleros, frevos e até tangos. “Está sendo uma experiência fantástica! Já toquei muito para o público dançar e ouvir, mas nunca numa feira”, diverte-se Luizinho. “Saímos do roteiro e tocamos músicas que nem ensaiamos, mas deu muito certo”, acrescenta Luiz.
No final da apresentação, o apurado da manhã estava no chapéu colocado diante dos músicos – uma brincadeira que remete aos tocadores e cantadores das feiras espalhadas pelo Nordeste, onde sempre havia alguém se apresentando e passando o chapéu. O duo Sete por Oito vai se apresentar todas as sextas deste mês; em abril, a atração será outra. Até lá, além de mostrar seu talento ao vivo, os músicos também vendem os seus CDs.
Diversidade – A Feira Agroecológica da FCJA conta com 12 empreendedores de João Pessoa, Pitimbu, Cabedelo, Baía da Traição, Areia e Teixeirinha, que oferecem produtos como folhagens, legumes, frutas, tubérculos, bolos, doces, mel, peixes, crustáceos, ovos, tapioca, plantas, material de higiene feminina reutilizável e artesanato (em madeira reaproveitada, tecido e crochê). Há, ainda, a Barraca Cultural, com venda de livros de José Américo e de outros autores paraibanos.
“É mais uma porta que se abre para nós, feirantes. As pessoas voltam para comprar novamente o nosso produto, é uma nova clientela que se forma”, diz Telma Santana, que vende peixes e crustáceos trazidos de Baía da Traição. “Está sendo um sucesso desde a primeira realização, e ainda tem muito potencial”, avalia o agricultor Luciano Gomes, enquanto pesa um quilo de mamão para o cliente.
A Feira Agroecológica já acontece no Detran-PB, no Centro Administrativo do Estado e na Secretaria Estadual da Saúde. Em 2019, foram realizadas 576 edições dessa feira – para este ano, a Sedh espera chegar a mil. “Temos tudo para alcançar esse número, pois a feira na Fundação Casa de José Américo se destaca. Em apenas um mês, já é a segunda melhor em vendas e diversidade de produtos”, diz Marcelo Melo, gerente executivo das Casas de Economia Solidária da Paraíba.
Secom-Pb
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