Os empresários do comércio varejista estão com a mão na cabeça e não sabem mais o que fazer para conter os aumentos sucessivos de preços da gasolina e do diesel, puxados pela alta do dólar e a excessiva carga tributária, responsável por quase 50% do preço de cada litro desses combustíveis. Diante dessa situação, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo na Paraíba (SINDIPETRO-PB) conclama a sociedade para que cobre a imediata redução dos impostos sobre os combustíveis sob pena da gasolina, por exemplo, chegar a R$ 5 ao consumidor paraibano.
Para ser ter uma idéia, as distribuidoras já estão vendendo aos postos a gasolina e o diesel a quase R$ 4 e R$ 3,60, respectivamente. A situação é tão dramática que um empresário do setor, que adquiria 5 mil litros de gasolina por R$ 14 mil meses atrás, hoje, infelizmente, está pagando R$ 21 mil pela mesma quantidade. “È uma situação preocupante, o mercado varejista está apavorado e há mais como não repassar esses constantes aumentos praticados pela Petrobras e distribuidoras”, externou Omar Hamad Filho, presidente do SINDIPETRO-PB ao lembrar que a Paraíba cobra 29% de ICMS sobre a gasolina. “E ainda assim é o posto que é o vilão da história?”, questionou.
O presidente do SINDIPETRO-PB disse que o setor é o único segmento econômico que tem obrigação de informar o preço de compra e o preço de venda dos seus produtos, com uma tolerância de 0,5 % nos equipamentos volumétricos, nas misturas do anidro ou no biodiesel, nas impurezas, “mesmo sabendo que a nossa mercadoria até chegar nos postos passam por vários modais (navio, trem, caminhão, balsa)”. “Empregamos, geramos renda, somos uma ilha de serviços para a sociedade ( iluminação pública, segurança, lanchonetes, cafeterias, banco 24h, entre outros)”, destacou.
Outro ponto a merecer atenção, conforme Omar Hamad Filho, é a concorrência desleal (roubos nos postos, roubos dos caminhões), concorrência desleal por parte dos supermercados que vendem barato os combustíveis com um único intuito de utilizarem os postos nos supermercados como atividade marginal, querendo apenas o fluxo dos clientes para vender arroz, feijão, macarrão, óleo, café, carne roupas (cem mil itens). “Além disso, não bastasse a nova política de preços da Petrobras, as distribuidoras, que detêm mais de 75% do mercado, ainda elegem aqueles que devem ganhar ou perder”, emendou.
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