A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaíde Alves Miranda Arantes, recebeu nesta sexta-feira (29) o Título de Cidadã Pessoense. A honraria, proposta pelo vereador Humberto Pontes (Avante) e concedida pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), foi entregue durante sessão solene que aconteceu no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-PB). Na mesma oportunidade, houve um evento sobre segurança do trabalho, em alusão ao ‘Abril Verde’.
Em seu discurso, o vereador falou sobre a vida e a carreira da ministra, cuja honraria foi aprovada por unanimidade. “Antes de começar a sua carreira, Delaíde deixou a zona rural e trabalhou como doméstica. Passou para o curso de Direito aos 23 três anos e até se formar trabalhava de dia e estudava à noite. Ao todo, passou trinta anos advogando. Entre as suas principais bandeiras estão o combate à exploração infantil e a garantia de direitos de pessoas que como ela, um dia se dedicaram a cuidar da casa dos outros. A magistrada também defende maior reconhecimento dos trabalhadores rurais e a igualdade entre homens e mulheres”, destacou, lembrando que Delaíde Alves Miranda Arantes é natural da cidade de Pontalina, Goiás, e nasceu no dia trabalhador.
Humberto Pontes ainda lembrou as ações realizadas pelo seu mandado desde 2017, durante o Abril Verde, com discussões e conscientização sobre a segurança do trabalho e das doenças ocupacionais.
Durante a solenidade, a ministra falou sobre a história de lutas do povo paraibano e de João Pessoa, correlacionando com as lutas pelos direitos trabalhistas em âmbito nacional. “Presto homenagem à história de lutas e conquistas dos cidadãos e das cidadãs pessoenses, aos quais agora me integro. Tenho procurado realizar meu trabalho como ministra do Tribunal Superior do Trabalho com respeito à Constituição e ao estado democrático de direito. Tenho defendido a garantia dos direitos trabalhistas e da Justiça do Trabalho. Considero que o país necessita de reformas para modernizar e democratizar a nossa sociedade. Todavia, o fim do Ministério do Trabalho e as ameaças de extinção da Justiça do Trabalho trazem retrocesso em relação a conquistas arduamente obtidas pelo povo brasileiro e seus trabalhadores. O país não deve ser tomado pelo discurso do ódio, da violência.Pelo contrário, tem que se aprofundar em uma cultura de solidariedade, paz e justiça social, de defesa da constituição, dos direitos nela contidos e do estado democrático de direito. E que possamos cada um de nós consolidar o que diz a Constituição Federal, de uma sociedade mais justa, mais igual e mais solidária. Graças aos 27 vereadores de João Pessoa e ao vereador Humberto, autor da propositura, eu sou cidadã da cidade das acácias”, discursou a ministra.
Em 2011, Delaíde foi indicada em lista sêxtupla pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para ocupar uma vaga de ministra do TST, tendo seu nome votado em lista tríplice pelos membros do tribunal e, por fim, sendo escolhida pela então presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, substituindo o ministro José Simpliciano Fernandes. Hoje, é coordenadora nacional do ‘Programa Trabalho Seguro’ do TST.
Assessoria
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