Agricultores indígenas produtores de inhame do município de Marcação participaram, na semana passada, de uma oficina sobre o controle em defeitos fisiológicos e doenças provocadas por nematóides (praga de solo), que vêm acarretando sérios problemas na produção da cultura e, consequentemente, prejuízos para os produtores. Entre os principais problemas que estão afetando as plantações estão: Coração Oco (fisiológico) Meloidoginose (bouba) e Casca Preta, ambas provocadas por nematóides.
O evento, realizado pela Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), aconteceu na Escola Professora Raimunda Soares de Lima e reuniu indígenas das aldeias Três Irmãos, Jacaré de César e Estiva Velha. Na ocasião, o extensionista Henrique Paz de Oliveira apresentou, junto com o técnico Bruno Medeiros Ferreira, alternativas de controle das doenças e solução dos defeitos, tais como: análise de solo e da área de plantio (calagem e fertilização adequada), manejo da cultura, preparo do solo, rotação de cultura, plantio de leguminosas, armadilhas, e por último, o emprego de túbera-semente, isenta dos sintomas apresentados pelos ataques de nematóides.
Produção – De acordo com Henrique Paz, são 30 agricultores familiares que cultivam inhame em Marcação, em uma área de 24 hectares e uma produção anual de 240 toneladas. A área total de cultivo no Estado, é 4.528 ha, produzindo anualmente, 47.978 toneladas da cultura, em 59 municípios, entre eles destacam-se o Conde, em primeiro lugar com 1.022 ha plantados; São José dos Ramos, 671 ha, Alhandra, 373 ha, Pitimbu ,233 ha, Massaranduba e Pedras de Fogo com 180 ha, cada, Itapororoca, 135 ha, além de Guarabira e Araçagi, ambos cultivando 100 hectares anualmente.
O extensionista explica que, afora as propriedades nutritivas e medicinais, o inhame se destaca na culinária com o requeijão de inhame, patê, lasanha, pão, sopa, pizza, cuscuz, purê, mingau, suco, bolo, picolé, entre outras iguarias advindas da cultura.
Secom-Pb
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