O padre Egídio teria ordanado a tesoureira e a diretora do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, para que uma empresa de engenharia retirasse dos cofres da unidade de saúde mais de R$ 1,5 milhão para compra de dois apartamento de luxo, em João Pessoa.
Os registros estão nas investigações do Gaeco, que já identificou 29 imóveis em nome do religioso.
Consta nos documentos em posse do Gaeco que Amanda Duarte providenciado a quantia por meio de uma conta bancária do Instituto São José para que a compra dos dois imóveis fossem efetivadas. Os valores teriam anuência de Jannyne Dantas.
Como começou a investigação
A operação “Indignus” foi iniciada no dia 5 de outubro (quinta-feira), mas as investigações sobre as irregularidades no Hospital Padre Zé começaram quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição, um caso que se tornou público em 20 de setembro, embora a denúncia tenha sido feita em agosto, resultando na abertura de um inquérito policial. Um suspeito chegou a ser preso, mas está em liberdade cumprindo medidas cautelares.
Padre Egídio deixou a direção do hospital imediatamente após a denúncia do furto dos celulares. Esses celulares, doados pela Receita Federal de apreensões, seriam vendidos em um bazar solidário para adquirir uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Durante as investigações do furto, a Arquidiocese da Paraíba anunciou o afastamento do padre Egídio de qualquer função ou cargo eclesiástico, impedindo-o de ministrar missas ou outros sacramentos da igreja.
Após o furto dos celulares, uma denúncia anônima foi apresentada ao Ministério Público da Paraíba, apontando uma série de irregularidades na administração do padre Egídio. Em 3 de outubro, uma força-tarefa composta por órgãos públicos da Paraíba foi criada para investigar essas irregularidades no Hospital Padre Zé.
A administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, identificou várias dívidas que afetam seu funcionamento após uma avaliação abrangente das áreas operacionais, financeiras e contábeis da instituição. Como primeira medida, solicitou ao Ministério Público da Paraíba a realização de uma auditoria abrangente em todas as contas, contratos, convênios e projetos do hospital.
Discussion about this post