Pelo menos 117 operações foram comandadas e realizadas pela Polícia Civil da Paraíba, em 2018, de acordo com a Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds). A maioria delas aconteceu nas cidades de Campina Grande e João Pessoa, e combateu crimes como homicídios, tráfico de drogas e roubos de vários tipos, desde veículos a produtos eletrônicos.
De acordo com os dados repassados ao G1 pela Seds, via Lei de Acesso à Informação, outras operações foram deflagradas pela Polícia Civil no ano de 2018, no entanto, algumas não foram denominadas e, por isso, não incluídas na estatística.
Segundo a 1ª superintendente regional de Polícia Civil, alguns casos, por atingirem uma linha investigativa mais extensa, necessitam que a estrutura de uma operação seja montada para que os fatos possam ser concluídos.
Operações da Polícia Civil em 2018 na Paraíba
Mês | Nº de operações |
Janeiro | 7 |
Fevereiro | 12 |
Março | 10 |
Abril | 9 |
Maio | 10 |
Junho | 11 |
Julho | 8 |
Agosto | 12 |
Setembro | 15 |
Outubro | 6 |
Novembro | 11 |
Dezembro | 6 |
Total | 117 |
Ao todo, 52 cidades foram alvos das operações. No topo da tabela está Campina Grande, com pelo menos 40 operações durante os doze meses de 2018, de acordo com a divulgação da Seds. No entanto, segundo o 2º superintendente regional de Polícia Civil, Luciano Soares, o saldo foi ainda mais positivo. No ano, foram 98 operações de repressão qualificada, 297 prisões, 127 armas de fogo apreendidas, 3,5 mil munições apreendidas, aproximadamente 350 dinamites apreendidas e cerca de 250 quilos de drogas apreendidas.
Além disso, segundo Luciano Soares, a “delegacia de homicídios de Campina Grande obteve um percentual de elucidação na ordem de 70%, mantendo uma excelência na investigação nas mortes violentas consumadas no município”.
João Pessoa fica atrás da Rainha da Borborema, mas em número ainda muito inferior, se comparado. Foram, pelo menos, oito operações realizadas na capital. O último trimestre, segundo Roberta Neiva, foi o mais positivo, levando em consideração a área da 1ª Superintendência Regional de Polícia Civil, com “operações de grande porte em Santa Rita, Mamanguape, delegacia de roubos e furtos e delegacia de repressão a entorpecentes”, explicou a delegada.
Principais operações
Segundo a 1ª superintendente regional de Polícia Civil, Roberta Neiva, o momento de maior impacto das operações policiais e quando os trabalhos foram ainda mais intenso, se concentrou no segundo semestre de 2018. Entre elas, estão a Poseidon, Operação Hidra, Operação Chacal, Operação “Θ’hpama” e Operação Overloque, além de outras operações que aconteceram em toda Paraíba. No entanto, uma das que ganhou mais destaque, fez parte do primeiro semestre do ano, e envolveu um grande esquema de corrupção no futebol paraibano.
Operação Cartola
No dia 9 de abril uma operação foi deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público da Paraíba para investigar a manipulação de resultados no futebol profissional na Paraíba. O cumprimento de mandados de busca e apreensão mexeu com as estruturas de muitos clubes de futebol. Cerca de 80 pessoas foram investigadas no esquema pelos crimes de organização criminosa, crimes do estatuto do torcedor e falsidade ideológica.
Operação “Θ’hpama”
A operação aconteceu no dia 14 de agosto de 2018 e prendeu 10 suspeitos de tráfico de drogas, no Sertão da Paraíba e de Pernambuco. A operação denominada Θ’hpama (palavra de origem grega que significa presa ou caça) teve como objetivo reprimir o tráfico de drogas que acontecia na divida entre os estados.
Operação Poseidon
Ao todo, 15 interdições de fábricas de água e oito prisões em flagrante aconteceram entreos dias 6 e 8 de novembro de 2018, durante a Operação Poseidon, em municípios do Agreste, Cariri e Sertão paraibanos. Cerca de 22 fábricas de água adicionada de sais foram fiscalizadas e apenas quatro delas estavam regulares. A ação foi coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Secretaria da Receita Estadual (SER-PB) e Secretaria de Segurança e Defesa Social.
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