O presidente da OAB-PB, Paulo Maia, utilizou suas redes sociais para se manifestar em relação ao programa especial de natal produzido pelo Portas dos Fundos. Todos os anos a produtora lança um episódio humorístico sobre o natal.
Esse ano causou polêmica ao sugerir que Jesus teve um relacionamento homossexual durante seu período no deserto, conhecido como Primeiro Tentação de Cristo.
https://www.instagram.com/p/B56ouraJzca/
Veja a publicação:
Jesus e Porta dos Fundos
Sempre tive por premissa não dar importância a manifestações contrárias à fé cristã, notadamente quando feitas em manifestações artísticas como filmes ou livros. Primeiro,’para não gerar uma polêmica que dê uma publicidade e visibilidade que organicamente nunca seria alcançada e segundo, porque, ainda que não me agrade, respeito à liberdade de expressão, principalmente a artística e cultural, protegida especificamente pelo ordenamento constitucional brasileiro.
Diante do filme do grupo Porta dos Fundos sobre Jesus, disponibilizado agora em dezembro no Netflix e no YouTube, decidi quebrar essa regra de silêncio, que era obsequioso e estratégico.
O que vi foi um ataque grosseiro, desrespeitoso, agressivo e com endereço certo, ou seja, com nítida intenção de escarnecer e de ofender, tudo sob o manto da liberdade artística e do direito de fazer comedia de tudo, como disse Fábio Porchat, um dos atores do filme.
Uma das coisas que aprendi e continuo aprendendo com o direito é que ele é uma estrada com duas mãos, uma de ida e outra de volta.
Robert Alexi diz que a extensão do conteúdo de um princípio que contém um direito fundamental será limitada pelos demais princípios colidentes. Vida em sociedade é isso. Se de um lado temos direitos e pedimos respeito a eles, de outro lado, respeitamos os direitos de outras pessoas.
O direito a uma crença religiosa é um direito humano básico e um direito fundamental previsto na Constituição Federal Brasileira. Sou cristão católico e como tal repudio a odiosa( não vejo outra palavra) agressão feita nesse vídeo a todos os cristãos brasileiros.
Isso não é arte. É ofensa. Essa é uma das situações da existência humana onde se o limite é tênue, em respeito, não ultrapasse. Como cristão, só posso fazer isso para expressar minha indignação. Se você pode, faça também.
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