O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba (CSPC-PB), Antônio Erivaldo (foto), diz que, em seu entendimento, a intervenção militar que se abateu na segurança pública do Rio de Janeiro, por decreto presidencial, poderá se estender por outros estados brasileiros, como efeito colateral do primeiro. Para ele, tal ocorrência não causaria surpresa alguma, em razão da onda de violência e criminalidade do Rio cobrir todo o território nacional, segundo as peculiaridades de cada estado.
Ainda para ele, a culpabilidade de tal ocorrência deve ser atribuída, principalmente, aos governantes e gestores diretamente vinculados aos setores de segurança pública, na ampla maioria dos estados, onde cresce, a cada dia, a onda de crimes contra a vida, os chamados crimes letais, acarretando prejuízos irreparáveis à sociedade. Ele ressalta que a falta de estímulo ao exercício profissional, mediante melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da segurança, além da dignidade salarial, também tem concorrido para a fragilização do aparelho estatal do setor, o que compromete, sensivelmente, o bem-estar da família de cada trabalhador.
Antônio Erivaldo acusa o poder público, de um modo geral, de indiferença às graves necessidades que se verificam, corriqueiramente, na estrutura familiar de agentes de segurança pública, quando policiais, no estrito exercício funcional, perdem a vida, em combates, ficando viúvas e outros dependentes à mercê da própria sorte, além de criticar a sobrecarga de trabalho dos profissionais. Ele ainda enfatiza o fato de certos superiores, dentro das instituições, determinando desvios de funções em desfavor dos policiais, com ameaças, algumas vezes, de indevidas punições e doutros tipos de assédio moral.
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